Rúben Amorim viu-se confrontado com o tema do momento – a criação da Superliga, anunciada por 12 dos mais ricos clubes europeus – e, após recordar que o Sporting já tinha tomado uma posição oficial sobre o assunto, considerou que a iniciativa é "um reflexo da sociedade" atual, durante a conferência de imprensa de antevisão da partida com o Belenenses SAD.

"Não [vejo o Sporting na Superliga], o Sporting já respondeu sobre isso. Toda a gente já disse o que se devia dizer. É algo que para mim não faz muito sentido, mas é também o caminho que a nossa sociedade e o mundo estão a levar. Um grupo restrito de clubes que quer tudo para eles, é um reflexo da sociedade, espero que não vá para a frente, como todos os treinadores que abordaram o tema disseram", comentou o técnico.

Na opinião de Amorim, "está tudo relacionado com dinheiro". Apesar dos muitos milhões que ganham através da Liga dos Campeões, há clubes que pretendem ainda mais, tendo avançado com um projeto que contraria o "bom senso". Por isso, o treinador do Sporting manifesta-se convicto de que a prova acabará por não ir para a frente. "Em relação à Superliga, já dissemos tudo. Não é um dado adquirido, penso que as pessoas vão ter o bom senso de voltar atrás, está tudo relacionado com dinheiro", acrescentou.

A conferência servia para antecipar o duelo com o Belenenses SAD, para a 28.ª jornada da I Liga, mas a Superliga tem dominado as conversas. As questões sobre a prova não abalaram o técnico, que garantiu estar plenamente satisfeito em Alvalade, quando foi questionado sobre a hipótese de ser convidado para treinar um dos clubes que vão participar na nova prova. "Em relação a ir para outro clube, posso ir para um grande ou para o Casa Pia. Tudo depende do próximo jogo, sou feliz aqui, sempre o disse, e não passa mais nada pela cabeça", respondeu.