André Villas-Boas nunca escondeu e até faz questão de lembrar a sua ligação afetiva ao FC Porto, clube que terá pela frente na mais emblemática competição de clubes do velho continente.
É com a Champions em pano de fundo que o FC Porto aparece pelo caminho do Marselha, equipa orientada pelo técnico português que não nega, uma vez mais, a ligação ao emblema portista.
Em declarações no programa Respect, divulgado pela Quarentena da Bola, Villas-Boas comentou o sorteio da Champions e admitiu quais serão os objetivos dos marselheses na prova.
Villas-Boas revela que lhe tocou a equipa "com a qual não queria jogar" dado os laços sentimentais que tem para com o emblema da cidade Invicta, que o técnico nunca escondeu amar.
"Tocou-me a equipa do meu coração", disse, revelando que o Marselha está "orientado para o campeonato francês" e nem tanto a prova europeia.
"Estamos orientados para o campeonato", referiu, detalhando que o City tem "investimentos loucos" e irá competir "pelo primeiro lugar", tal como a equipa "mais titulada, que é o FC Porto, [que] vai querer competir pelo primeiro lugar".
Depois, entre Marselha e Olympiacos, André Villas-Boas entende que lhes caberá o papel de "tentar desestabilizar" para tentar chegar aos oitavos de final da Champions.
Na conversa no Respect, Villas-Boas aproveitou para recordar o célebre discurso que escreveu para uma gala dos Dragões de Ouro sobre o que é o portismo.
"Eu chorei a escrever esse discurso. Mas foi construído porque cada um dos valores referidos foi sendo conquistado à medida que o percurso ia acontecendo. A grande diferença faz-se no talento", disse André Villas-Boas, dizendo que só a treinar o FC Porto é que se encontrou "nas experiências e nas sensações", pois orientou o clube do coração.
"Tinha um conhecimento fora do comum. Conhecia o adepto do clube dentro e fora, o clube dentro e fora, ser criado e formado no clube, nascido na cidade...", detalhou Villas-Boas para explicar aquilo que, agora tantos anos depois de sair, percebe o que significou treinar o FC Porto.
