Menezes Rodrigues, antigo dirigente do Sporting, entende que "as grandes organizações têm de evoluir na modernidade" e, por isso, não compreende como é que foi chumbada a ideia da Direção liderada por Frederico Varandas para que fosse adiante o voto eletrónico à distância em Alvalade.
"Tenho grande dificuldade em perceber porque é que os sócios não votaram a favor", comentou o antigo dirigente verde e branco, Menezes Rodrigues, certo de que o Sporting tem de caminhar no sentido de que as votações sejam feitas à distância e de forma eletrónica no futuro.
E perante o chumbo da proposta, Menezes Rodrigues só vê uma causa. "As pessoas devem ter sido mal informadas por quem gosta de ter momentos de destaque, que gosta de debitar coisas que não fazem sentido", atirou o antigo dirigente do clube de Alvalade.
Por outro lado, Menezes Rodrigues considera que com o voto eletrónico à distância seria possível evitar situações como as do passado domingo onde estiveram mais pessoas nas bancadas de Alvalade a assistir ao jogo da equipa principal do Sporting do que na Assembleia Geral a votar esta proposta.
"Foram votar 13 mil sócios e no jogo estiveram cerca de 36 mil adeptos, talvez 25 mil sócios, porque é que não aproveitaram para ir à Assembleia Geral votar?", perguntou Menezes Rodrigues, que falava em declarações à A Bola.
"Assunto inteiramente do interesse dos associados"
Por conseguinte, Menezes Rodrigues aproveitou ainda a oportunidade para dar conta de que se a proposta voltar para cima da mesa, seria útil aos sportinguistas perceberem que esta é importante para eles.
Trata-se de um "assunto inteiramente do interesse dos associados", referiu ainda Menezes Rodrigues, sublinhando que não é apenas algo que deve preocupar a Direção liderada por Frederico Varandas.
Sócios reprovam ideia em votação sem maioria qualificada
Os associados que marcaram presença na Assembleia Geral do passado domingo, em Alvalade, reprovaram o ponto relativo ao voto eletrónico à distância, que a Direção liderada por Frederico Varandas apresentou.
A medida colheu 71,71 por cento de votos a favor, sendo que 29,54 por cento votaram contra. Apesar de a percentagem de votos favoráveis ser maior, não alcançou o chamado patamar de maioria qualificada, fixada nos 75 por cento.
Deste modo, a proposta não foi aprovada porque a deliberação teria de obter, cumulativamente, três quartos dos votos dos presentes no momento da votação, ou seja, pelo menos 75 por cento, o que não aconteceu.