Portugal
"Sporting tinha de estar à frente em alguma coisa. É na luta contra a violência"
2022-11-11 12:50:00
Leões reagiram em comunicado à decisão do Tribunal de Guimarães sobre o caso após Moreirense-FC Porto

O caso de Moreira de Cónegos, no qual um repórter da TVI se queixa de ter sido agredido após um jogo do FC Porto contra o Moreirense, conheceu desenvolvimentos nesta semana com o Tribunal de Guimarães a condenar o empresário Pedro Pinho a dois anos de prisão, com pena suspensa.

Logo após a divulgação da decisão do juiz, o Sporting lançou um comunicado em jeito de reação ao caso. Para os leões, é importante esta decisão, mas os responsáveis leoninos querem saber mais coisas a respeito do caso, nomeadamente "não só quem executou, mas também quem mandou executar".

A propósito deste caso, depois de, na CMTV, Paulo Andrade, antigo dirigente do Sporting, ter realçado que "afinal, houve mesmo agressão porque o Tribunal deu como provado que houve mesmo agressão" e ter perguntado sobre o local onde estava Pinto da Costa nesse momento, Diamantino Miranda, presente no mesmo painel, ironizou com a posição assumida pelos leões.

Paulo Andrade justificou a reação verde e branca num caso em que o Sporting não esteve envolvido como se tratando de um tema caro aos leões que procuram estar na "linha da frente do combate à violência no desporto".

E Diamantino Miranda, com algum humor à mistura, disse que "o Sporting tinha que estar à frente em alguma coisa". "Está na luta contra a violência no desporto", concluiu o antigo internacional português.

O caso de Moreira de Cónegos, recorde-se, remonta a 2021, após um jogo entre Moreirense e FC Porto que terminou de forma tensa para as cores portistas com muita contestação ao árbitro.

Na altura, um repórter de imagem da TVI queixou-se de ter sido agredido por Pedro Pinho, empresário de futebol, que negou essas acusações.

Pinto da Costa foi uma das figuras arroladas para testemunhar em Tribunal mas admitiu não ter visto a agressão que o profissional de comunicação social diz ter sido vítima.

Há poucas semanas, recorde-se, no Tribunal de Guimarães, segundo o porta-voz do FC Porto, Francisco J. Marques, também um capitão da GNR, que estava presente no estádio a comandar as forças de segurança, "teve a mesma versão" de Pinto da Costa perante o juiz no depoimento prestado.

O caso de Moreira de Cónegos não deverá terminar por aqui, uma vez que a defesa de Pedro Pinho vai recorrer da decisão tomada pelo Tribunal de Guimarães em condenar o agente, que já tinha sido castigado pelas instâncias disciplinares da Federação Portuguesa de Futebol.