A confiança em Alvalade está em níveis elevados, depois de 22 jogos sem derrotas na I Liga e de uma larga vantagem relativamente aos adversários, mas Fernando Mendes avisa as ‘tropas leoninas’ para a necessidade de manter o discurso cauteloso, que carateriza a mensagem de Rúben Amorim.  

Para Fernando Mendes, é este o caminho para o título. “Pezinhos bem assentes no chão, nada de fanfarronice, ainda faltam 12 jogos. O Sporting ainda tem muitos jogos para vencer, outros para empatar e para perder. Pezinhos no chão, discurso fantástico e é assim que tem de ser”, afirma o ex-futebolista, no programa liga d’Ouro. 

O ex-defesa faz uma análise ao futebol praticado pelo Sporting e considera que a equipa ainda sofre de forma escusada. Esse cenário ocorreu no jogo frente ao Santa Clara: depois do golo de Pedro Gonçalves, a meio da primeira parte, os leões relaxaram, o que custou o empate, perto do fim. E não fosse a veia goleadora de Coates e a turma leonina perderia pontos. 

“O Sporting, até ao momento, tem jogado quanto baste para estar nesta posição. Se tem de jogar mais? Eu acho que sim”, realça Fernando Mendes, que lembra um dos raros encontros que os leões não venceram. “Com o Rio Ave, em casa, tem de fazer mais mossa”, diz. 

A equipa de Rúben Amorim “não tem de cilindrar, mas não há necessidade nenhuma de sofrer como aquela equipa sofre”. O Sporting “acredita que podem chegar ao fim e ganhar”, o que tem acontecido”. “Espero que consigam sempre isso, mas há de chegar o dia em que não conseguem”, alerta o ex-defesa, que faz um paralelo com o Benfica. 

“Temos o exemplo do Benfica: bons jogos, boas primeiras partes, bons períodos, mas de um momento para o outro desaparece. A equipa do Sporting não desaparece. Mas apresenta momentos em que relaxa em campo com o resultado que lhe interessa. Há de chegar a altura em que as coisas não correm tão bem”, refere 

Porém, realça Fernando Mendes, há sinais positivos que emanam da equipa. “Há um ano, dois anos, havia jogadores do Sporting que faziam golos e os colegas nem os iam cumprimentar. Nem os cumprimentavam. Acontecia isso. Agora, não se vê isso. É tudo a remar para o mesmo lado. Hoje, tudo rema para o mesmo lado. E quando assim é, as coisas correm melhor”, enaltece.