O administrador da SAD do Sporting para a área financeira, Francisco Salgado Zenha, apontou o "contexto completamente anormal" provocado pela pandemia como justificação para o não pagamento da primeira prestação da transferência do treinador Rúben Amorim.

Em entrevista à 'SportTV', o vice-presidente dos leões salientou que, antes de decretado o estado de emergência, "o Sporting não falhou nenhum pagamento relevante".

Foi essa alteração do "contexto" que levou o clube de Alvalade a não pagar a tranche ao SC Braga.

"O Sporting pretende cumprir com as suas responsabilidades, estamos é a fazer uma gestão racional e cuidada", afirmou Francisco Salgado Zenha.

O administrador não deixou de mandar uma 'bicada' ao SC Braga, considerando "absolutamente ridículo" que se falhe de pagamentos em atraso "de um mês ou 15 dias".

Recusando identificar diretamente o emblema bracarense, o dirigente apontou o dedo a "determinados clubes" que "esquecem" o contexto da crise provocada pela pandemia e "tentam jogar com os media para criar pressão".

"Num dia em que anunciámos um lay-off, se o está a fazer é mau para todos", acrescentou.

Com o Sporting a recorrer ao lay-off pela primeira vez na história, Francisco Salgado Zenha destacou ainda a importância de avançar com "medidas difíceis" para garantir que os leões vão estar "vivos" quando se regressar a uma 'normalidade' sem data marcada.

"Alguém acredita que o Sporting ou outro clube estará a vender bilhetes de época em junho ou julho? Vou ter estádios abertos em agosto, setembro? Tenho essa garantia? Eu acho altamente improvável", concluiu.