O Benfica não se conforma com as arbitragens internas e, nas últimas semanas, tem aumentado o tom crítico em relação ao trabalho dos árbitros em campo e dos elementos que estão no videoárbitro na Cidade do Futebol, sede da Federação Portuguesa de Futebol. Várias figuras ligadas ao presente do Benfica mas também ao passado têm manifestado o seu descontentamento e estas vozes junta-se também João Braz Frade.
O antigo vice-presidente do clube encarnado realça que têm sido notórias as críticas às arbitragens quer pelo Benfica, quer pelo Sporting, mas nota que há um clube que não se tem vindo a queixar das arbitragens. "Quem?", pergunta o ex-dirigente do emblema lisboeta, deixando a resposta logo de seguida no comentário.
"Quem? O principal beneficiário dos erros de arbitragem é o mesmo desde há 40 anos, ainda não havia VAR", afirmou João Braz Frade, em declarações no jornal Record, em alusão ao FC Porto liderado por Jorge Nuno Pinto da Costa.
Braz Frade sustenta que "as pessoas do Sporting falam de arbitragem, as do Benfica falam de arbitragem, mas há quem se fique sempre a rir com os protestos".
"Ainda não estamos satisfeitos"
Do lado portista, Pinto da Costa não esconde que na Invicta se trabalha dentro de campo na procura de vitórias que possam deixar os rivais "desesperados".
"Nesta casa trabalhamos, em primeiro lugar, para continuar a rechear o nosso museu e proporcionar alegrias aos nossos adeptos, que muito as merecem. Mas trabalhamos, também, para ver os que fazem questão de ser nossos inimigos cada vez mais desesperados na tentativa de mascarar as nossas conquistas e justificar o injustificável", atirou Pinto da Costa, mencionando que todos os títulos internos nacionais nesta altura moram nas vitrines do Dragão.
"Neste momento, somos campeões de tudo o que há para ganhar em Portugal, mas ainda não estamos satisfeitos. Queremos mais. Queremos tudo outra vez", referiu Pinto da Costa, prometendo um FC Porto a lutar até ao fim.
"Sei que vamos lutar por isso até ao fim e, como não acredito na imprensa de Lisboa, acredito que temos todas as condições para continuar a ter sucesso", disse, notando uma "diferença" entre aquilo que diz a "imprensa de Lisboa" e o que "é a realidade".
"Já sabemos que é normal que haja uma diferença grande entre o que diz a imprensa de Lisboa sobre o FC Porto e o que é efetivamente a realidade, mas poucas vezes terá havido um fosso tão profundo como agora", salientou Pinto da Costa, não se detendo a este propósito.
"Qualquer pessoa mais distraída - que ouça os papagaios dos canais do costume ou que veja as capas de um jornal que, como disse o Sérgio Conceição, já é mais um funeral - poderá ficar com a sensação de que o futebol português é dominado por qualquer clube menos o FC Porto. É bom sinal", escreveu Pinto da Costa no editorial da revista Dragões.