Portugal
Sócios avançam para reintegração Bruno de Carvalho e destituição de Varandas
2020-10-08 11:05:00
Grupo de associados do Sporting que reuniu assinaturas para realizar uma Assembleia-Geral vai apresentar requerimento

A história da divisão no Sporting promete mais um capítulo, com o anúncio feito por um grupo de sócios do emblema de Alvalade que reuniu mais de mil assinaturas, necessárias para a realização de uma Assembleia-Geral destitutiva no clube.

Esses mesmos associados vão entregar até à próxima sexta-feira um requerimento que prevê a destituição de Frederico Varandas, bem como o regresso do presidente destituído, Bruno de Carvalho.

Numa nota enviada à imprensa, os associados do Sporting explicam que pretendem "a destituição do atual presidente do Conselho Diretivo", Frederico Varandas, bem como "do presidente da Mesa da Assembleia-Geral", Rogério Alves, e "restantes membros da Assembleia-Geral.

Ao mesmo tempo, exigem a integração do ex-presidente Bruno de Carvalho e também do antigo vice-presidente Alexandre Godinho "como sócios de pleno direito". 

"Os requerimentos, reitera-se, corporizam a vontade de mais de 1000 sócios do Sporting Clube de Portugal", refere o comunicado, enviado aos jornais.

Recorde-se que os sócios do Sporting votaram favoravelmente a destituição de Bruno de Carvalho, em junho de 2018, numa assembleia bastante concorrida, que terminou com uma votação de 71,36 por cento favorável à saída do então presidente e 28,64 por cento pela continuidade.

Cerca de 15 mil sócios do Sporting, mais concretamente 14.735, exerceram o direito de voto nessa reunião magna do Sporting, destinada a decidir a destituição do Conselho Diretivo. Este número situa-se abaixo dos 18.755 sócios que reelegeram Bruno de Carvalho para o segundo mandato, em março de 2017, mas há a referir um dado importante: ao contrário dessas eleições, onde as urnas estiveram abertas durante 12 horas, na Altice Arena, os associados do clube de Alvalade tiveram sensivelmente seis horas para o exercício do voto.

O Sporting enfrenta desde então - ou provavelmente desde o ataque em Alcochete - uma divisão interna, com diversos sócios a reclamar o regresso de Bruno de Carvalho e outros a defender Frederico Varandas. 

Bruno de Carvalho, que presidiu ao clube leonino entre 2013 e 2018, além de destituído do cargo, realizada em 23 de junho de 2018, foi expulso de associado, o que o impede de concorrer a atos eleitorais.

Alexandre Godinho também foi punido com a sanção de expulsão de sócio, devido a 10 infrações disciplinares.

Da direção liderada por Bruno de Carvalho, foram aplicadas ainda penas de suspensão por nove meses a Carlos Vieira (seis infrações), seis meses a Luís Gestas (quatro) e repreensão registada a Rui Caeiro (duas), tendo ainda sido decidido o arquivamento dos autos referentes a Luís Roque e José Quintela.