Portugal
Sindicato dos Jogadores cria fundo de solidariedade de 250 mil euros
2020-11-12 15:50:00
Medida faz parte do plano de emergência de combate à pandemia de covid-19

O Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) vai atribuir uma verba de 250 mil euros a um fundo de solidariedade, criado para apoiar atletas, dentro de um plano de emergência de combate à pandemia de covid-19, apresentado hoje.

O plano de emergência beneficiará jogadores e jogadoras das competições profissionais de futebol (I e II Liga), do Campeonato de Portugal e do campeonato feminino, que façam do futebol a sua atividade principal e que estejam a ultrapassar dificuldades, dentro de quatro domínios: social, laboral, saúde e emprego.

Cada futebolista receberá uma quantia de 250 a 750 euros, dependente da situação e da avaliação do sindicato, que disponibiliza uma linha direta de contacto (213219594) para requerer o fundo.

“O Cristiano Ronaldo, quando marca um golo, diz: ‘Eu estou aqui’. A nossa ideia também foi dizermos ‘Nós estamos aqui’, não deixar ninguém para trás. É um meio para satisfazer as necessidades básicas”, explicou o presidente do SJPF, Joaquim Evangelista, que espera que a iniciativa “ajude a minimizar os problemas que muitos dos associados estão a passar”.

Dentro do plano de emergência, existe igualmente o fundo de garantia salarial, que já auxiliou futebolistas de diversos clubes com incumprimentos nos últimos anos, o último dos quais o Vitória de Setúbal, que disputa este ano o Campeonato de Portugal, após ser relegado da I Liga por não ter cumprido os pressupostos financeiros exigidos nas provas profissionais.

Com um fundo para as competições profissionais e outro para as competições não profissionais, os montantes atribuídos diferem de prova para prova, com jogadores da I Liga a receberem 1905 euros, da II Liga 1111,25 euros, do Campeonato de Portugal 350 euros e de outras competições 250 euros.

No domínio da saúde mental, o SJPF estabeleceu uma parceria com a Ordem dos Psicólogos Portugueses, numa rede de 402 profissionais espalhados pelo país, em que as quatro primeiras consultas são suportadas pelo sindicato, embora Joaquim Evangelista constate que “ainda há um estigma muito grande em relação à saúde mental”.

No último domínio de atuação, relativo à empregabilidade dos atletas, o dirigente sindical realçou o reforço do apoio dado no momento da contratação de um futebolista por parte de uma empresa, identificando as áreas da economia social, dos seguros, do exercício físico e do imobiliário como as que têm “um perfil mais adequado para trabalhar”.

Joaquim Evangelista espera que a Federação Portuguesa de Futebol (FPF), a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) ou até o próprio Governo se juntem ao apoio prestado aos atletas profissionais, “para que esta resposta faça sentido e seja clara”.

Tags: