Portugal
Movimento ‘Servir o Benfica’ considera ter havido "clara violação dos estatutos"
2020-11-21 21:55:00
Movimento reage ao chumbo para a recontagem dos votos das eleições

O movimento 'Servir o Benfica' reagiu este sábado à decisão da Mesa de Assembleia-Geral do clube de negar o requerimento apresentado pelos sócios Francisco Benitez, João Pinheiro e Nuno Leite para a recontagem dos votos das eleições do passado dia 28. 

Em comunicado, citado pelo jornal ‘A Bola’, o movimento considera que foi negada a “informação aos sócios sobre o funcionamento do sistema de voto eletrónico” e que houve “violação clara dos estatutos pela Mesa da Assembleia-Geral do Sport Lisboa e Benfica”. 

“A Mesa da Assembleia-Geral do Sport Lisboa e Benfica não se pode declarar incompetente para avaliar um requerimento por não versar sobre uma matéria especificamente expressa nos estatutos, muito menos por respeitar a um processo anterior à sua entrada em funções, numa falácia jurídica gritante que ignora a memória dos Órgãos Sociais e, no limite, os impediria de exercer funções”, acrescentam. 

Este sábado, recorde-se, a MAG do Benfica negou o requerimento apresentado por três sócios do clube para a recontagem pública dos votos das eleições. 

De acordo com um comunicado divulgado hoje pelos encarnados, o clube defende que a MAG aprovou por unanimidade “não conceder provimento ao pedido apresentado”, vincando que “não foram detetadas irregularidades ou ilegalidades suscetíveis de pôr em causa a sua validade e as listas concorrentes não apresentaram qualquer impugnação”. 

Estes três sócios, Francisco Benitez, João Pinheiro e Nuno Leite, apresentaram há dias um requerimento para que, entre outras medidas, fosse “promovida em ato público a contagem de todos os talões comprovativos de votos e registada em ata o apuramento para divulgação aos sócios”. 

Segundo a nota disponibilizada através de uma petição online, esta pretensão vincava o direito de qualquer sócio em “fiscalizar o modo como se processaram as eleições de onde saiu o sufrágio da não eleição da lista em que votou ou que subscreveu” e em “limitar a possibilidade de tal controlo ser exercido apenas pelos titulares dos órgãos sociais eleitos, nomeadamente pelos investidos nos cargos da Mesa da Assembleia Geral”. 

Luís Filipe Vieira foi eleito para o sexto mandato na liderança do Benfica no maior ato eleitoral da história do clube, onde recolheu 62,59 por cento dos votos.