Nuno Santos, um dos jogadores em destaque no Sporting, ainda não esqueceu as ameaças e insultos de que foi alvo quando, ainda ao serviço do Rio Ave, foi expulso numa partida com o Benfica, ao qual esteve ligado.

“Acho que vai ser difícil pacificar. Ser ameaçado não é normal e reagi da maneira que reagi [criticando a “triste realidade”, no Instagram] porque não acho correto o que fizeram”, afirmou o extremo dos leões, numa entrevista a A Bola, O Jogo e Record.

“Se vejo [insultos ou ameaças] no dia a seguir dá-me mais força para treinar e jogar”, continuou: “São pessoas, cada uma tem o seu clube. Não ligo. Continuo o meu trabalho porque é para isso que o clube me paga”.

Agora em destaque no Sporting, líder do campeonato, Nuno Santos negou ter ficado chateado com o treinador, Rúben Amorim, quando foi substituído no jogo com o Vitória, no sábado.

“Não foi por sair que fiquei chateado, foi por ter falhado o golo momentos antes, até porque não iria sair chateado aos 66 minutos a ganhar 3-0... Ganhámos 4-0, mas li que saí chateado. Se tivessem filmado antes, quando falhei o golo... É normal. Quero é que fique esclarecido, não saí chateado pelo facto de o míster me ter tirado”, declarou.

O Sporting comanda a I Liga e os jogadores já “meteram na cabeça” que a equipa deve lutar pelos lugares cimeiros, sempre com “humildade”.

“Nós, como Sporting, como jogadores do Sporting, não podemos estar com pressão por estarmos no primeiro lugar. O Sporting é um clube grande, um clube que tem de estar habituado a estar lá em cima e nós já metemos isso na cabeça”, assinalou.

Lembrando que o campeonato “é muito longo”, Nuno Santos salientou a intenção de “dar continuidade” aos bons resultados.

“Neste momento, estamos em primeiro lugar, mas concentrados, sempre com humildade e a continuar o nosso trabalho. Jogo a jogo vamos conseguir o objetivo, como temos conseguido. Temos seis vitórias e um empate. Estamos bem e é dar continuidade”, frisou.

Confirmando que “houve interesse” do FC Porto durante o último defeso, o jogador que chegou a Alvalade no início desta época manifestou-se confiante de ter dado “um passo em frente” na carreira.

“Foi o projeto que vi e que podia ter mais oportunidades, um clube que é um desafio muito grande, tanto para mim como para todos os outros jogadores que vieram. Estamos a mostrar isso mesmo e por isso é que me decidi pela vinda para o Sporting”, justificou.

Nuno Santos disse ainda partilhar a ambição de João Mário, que traçou como objetivo a qualificação do Sporting para a Liga dos Campeões.

“Se falarmos da Champions, vamos ter de ficar em primeiro ou em segundo lugar para a entrada direta. Ou em terceiro. Mas o Sporting tem de lutar para estar sempre lá em cima e nós, como jogadores, temos sempre o sonho de estar nas competições europeias, tanto a Liga Europa como, claro, mais alto, na Champions. Todos querem estar lá, mas se as coisas não continuarem a correr bem não vamos lá estar. É dar continuidade, jogo a jogo, com esta união do grupo. Temos grupo fantástico, muito unido e com uma fome enorme de vencer todos os jogos”, concluiu o extremo.