O FC Porto voltou a criticar a demora no castigo a Otávio, “quase cinco meses” depois do médio ter criticado a arbitragem no jogo com o Benfica, para a final da Taça de Portugal.

“É absolutamente incompreensível que, tendo Otávio dito o que motivou o castigo no último jogo da temporada transata, a 1 de agosto, o FC Porto receba o castigo como prenda de Natal”, ironizou Francisco J. Marques.

Em declarações ao Porto Canal, o diretor de comunicação do FC Porto sustentou que era “fácil” comprovar as declarações de Otávio para insistir na “estranheza” do castigo surgir “quase cinco meses depois”, numa altura em que os dragões têm “dois jogos do campeonato em poucos dias”.

“Amanhã termina 2020, um ano terrível por causa da pandemia, mas de grande sucesso desportivo para o FC Porto. Parece que sempre que o FC Porto tem estes momentos de grande sucesso desportivo há logo que tentar encontrar forma de procurar travar isso”, afirmou Francisco J. Marques.

O “natural” seria que o castigo surgisse logo no início do campeonato. “O FC Porto sente-se atingido por este ‘pormenor’ dos cinco meses depois”, insistiu.

O dirigente lembrou ainda que a notificação foi recebida na noite de dia 23, véspera de tolerância de ponto, “mais ou menos na altura em que a equipa entrava para o aquecimento para novo jogo com o Benfica, para a Supertaça”.

“Dia 25 foi Natal, 26 e 27 foi fim de semana... Esses emails só são consultados na segunda-feira. E não foi enviado para o email que costuma ser. Há uma série de comportamentos estranhos e que não são naturais”, relatou.

“Não vemos estas coisas acontecerem com outros clubes. Vemos jogadores criticarem arbitragem e as coisas não acontecem da mesma maneira. Vamos ficar atentos, a ver se os procedimentos vão ser iguais”, concluiu o diretor do FC Porto.