As repercussões da tumultuada Assembleia Geral do FC Porto, ocorrida na última segunda-feira, continuam a fazer eco na comunicação social, e agora é Diogo Luís, ex-jogador do Benfica e agora comentador desportivo na CNN Portugal, a expressar a sua opinião sobre os tristes incidentes que levaram à suspensão da reunião magna dos dragões.
Numa das suas intervenções naquele canal, Diogo Luís não poupou críticas ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral dos azuis e brancos e ainda à administração do clube. O ex-defesa lamentou as agressões entre sócios presentes no Dragão Caixa e questionou a postura da liderança portista.
"Tudo aconteceu porque existiram pessoas que quiseram contestar ou criticar algumas situações que estavam a ser discutidas, mas foram barradas", começou por dizer Diogo Luís.
"A administração do FC Porto está num estado tal, tão pressionada, que não pretende ter críticas!"
"As críticas acabam por permitir que certas personagens como aquelas que apareceram acabem por ter esta dimensão, com direito a este espetáculo", acrescentou o ex-lateral que defendeu as cores do Benfica, acrescentou.
Uma das críticas mais incisivas do agora comentador desportivo foi direcionada ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, que, na sua opinião, não agiu de forma eficaz perante os incidentes.
"O que me surpreende mais, ou não, depois de todas as agressões, de todos os insultos, o presidente da mesa da AG continuou a falar como se nada se passasse, continuando com a ordem de trabalhos, e Jorge Nuno Pinto da Costa e a restante direção olhavam impávidos e serenos, sentados a olhar para tudo aquilo como se fosse completamente normal."
"É preciso lembrar que Pinto da Costa tem dimensão dentro do clube, é há 40 anos Presidente do Porto. É o Presidente mais titulado do mundo"
Diogo Luís questionou ainda a inação de Pinto da Costa durante os eventos caóticos na assembleia geral extraordinária dos dragões, sugerindo que o líder máximo do clube da Invicta estava mais preocupado em manter o poder do que em lidar com a situação.
"Alguém tem dúvidas de que se ele pegasse no microfone e dissesse para pessoas pararem, elas paravam?"
"Acho que todos os que ali estavam têm respeito por Pinto da Costa, mas se ele não fez nada, o que isso quer dizer? Para mim é claro, está agarrado ao poder, à cadeira", rematou o antigo jogador.