O Benfica ajustou o plantel para esta época e à Luz chegaram vários reforços como foram os casos de Orkun Kökçü para o meio-campo, David Jurásek para o lado esquerdo da defesa e Arthur Cabral para a frente de ataque, com os benfiquistas e os analistas e traçarem frequentes comparações entre Enzo Fernández e Kökçü, Grimaldo e Jurásek e Gonçalo Ramos e Arthur Cabral.
Contudo, Jorge Castelo, treinador e antigo colaborador do Benfica e do Sporting, entre outras equipas de futebol, sustenta que é preciso enquadrar os novos jogadores com as suas características. Assim, Castelo entende que não se deve pensar nos ex-jogadores para se falar nos novos atletas da águia.
"Tínhamos a perceção do Enzo Fernández e Kökçü não é o Enzo", afirmou Jorge Castelo, realçando que o internacional turco "não deslustra", embora reconheça que o internacional argentino "tem mais capacidade".
Em relação a Arthur Cabral, Jorge Castelo entende que não se podem já tecer grandes comentários mas lá vai dizendo que o jogador brasileiro "não tem marcado e isso prejudica a imagem dele".
"É muito trabalhador e esforçado, mas isso não chega", refere Jorge Castelo, salientando ainda que também Álex Grimaldo continua na memória mas nem David Jurásek nem Juan Bernat são um Grimaldo "principalmente a atacar."
"Musa nem Arthur Cabral ou Tengstedt parecem ser o avançado de que o Benfica precisa"
Contudo, Jorge Castelo, nas páginas do jornal A Bola, aproveita para fazer um exercício e, ao olhar para o rendimento do sportinguista Viktor Gyökeres traça um exemplo.
"Digo, na brincadeira, que se por acaso Gyökeres estivesse no Benfica, se calhar estaríamos a dizer que o lateral-esquerdo e o avançados eram bons, que o Kökçü estava acima das expectativas", comentou Jorge Castelo.
Ou seja, o treinador entende que, por aquilo que se tem visto, "o Benfica não acertou no ponta de lança", até porque o croata "Musa é bom jogador, mas nem ele, nem Arthur Cabral ou Tengstedt parecem ser o avançado de que o Benfica precisa".
Schmidt já testou ataque móvel sem referência de área
O internacional português Gonçalo Ramos saiu do Benfica para jogar no Paris Saint-Germain e, desde então, Roger Schmidt tem vindo a testar algumas soluções na frente de ataque.
Aliás, em algumas ocasiões, o técnico campeão nacional Roger Schmidt já chegou a ir a jogo com um ataque mais móvel e sem uma referência de área na frente de ataque dos lisboetas.