Na conferência de imprensa de antevisão do jogo da Liga Europa contra a Juventus, Rúben Amorim usou o exemplo de Roger Schmidt, treinador do Benfica, para assegurar que não se ilude com os elogios que lhe endereçam Frederico Varandas e a imprensa italiana. "Aprendo muito com os outros. O treinador que está a liderar o nosso campeonato [Roger Schmidt] era o novo Eriksson e [na terça-feira] já era bastante mau", disse Rúben Amorim, aludindo às críticas que têm sido feitas ao treinador encarnado após os desaires contra o FC Porto, para o campeonato, e contra o Inter de Milão, para os quartos de final da Liga dos Campeões.
Diamantino Miranda entende que Rúben Amorim seguiu um 'guião' que outros também costumam seguir em Alvalade e não só. "Não faço a mínima ideia de qual é a ideia do Rúben Amorim até porque isto é normalíssimo em Alvalade, no Lumiar, no Porto, como quiserem, principalmente nos rivais do Benfica."
"Amorim está tão triste como nós"
O antigo capitão das águias lembra que os rivais nas suas conversas com a imprensa "têm sempre a necessidade de falar qualquer coisa, quer dizer, o Benfica tem que vir sempre à baila em qualquer situação."
Em declarações na CMTV, Diamantino Miranda sublinhou, no entanto, que se o treinador do Sporting, que é benfiquista assumida, tiver falado como benfiquista, "está desculpado".
"Se ele falou como benfiquista, está desculpado. Está tão triste como nós", admitiu Diamantino Miranda, sustentando que Rúben Amorim poderia ter mencionado outro treinador que já nesta temporada foi questionado pelos adeptos.
"É verdade que é uma pergunta que lhe fazem mas ele podia ter-se lembrado de outro treinador qualquer. Lembrou-se do Benfica e do Erikson", lamentou, reconhecendo que "cai sempre bem" falar do Benfica.
"Podia lembrar-se do Sérgio Conceição que já ganhou títulos e ao perder em casa 4-0 teve grandes problemas, os adeptos não tiveram em consideração aquilo que o Sérgio Conceição já tinha ganho no FC Porto. Podia ter-se lembrado", referiu Diamantino Miranda.
"Até percebo o ter que se falar do Benfica ou de alguém do Benfica"
A concluir a sua ideia, Diamantino Miranda disse que a "grandeza" do clube da Luz leva a que até mesmo os rivais necessitem de falar do clube encarnado nas suas conferências de imprensa.
"Não percebo. Até percebo o ter que se falar do Benfica ou de alguém do Benfica. A grandeza do Benfica permite isso", rematou o antigo internacional português que se destacou como jogador de águia ao peito ao longo da carreira de futebolista.
