Roger Schmidt já não tem a popularidade que chegou a ter no Benfica. Quando aterrou em Lisboa para assinar com as águias, logo conquistou os benfiquistas com uma frase que ficou célebre. "O Benfica é um dos melhores clubes do mundo. Amo futebol, e se amas futebol, amas o Benfica. É uma ótima oportunidade para mim", assumiu Roger Schmidt.
Essa frase logo entrou no coração encarnado e deu até espaço para marketing benfiquista com a criação de cachecóis. Roger Schmidt cedo colocou o Benfica a vencer e a convencer. Muitos chegaram a compará-lo a Eriksson, ex-treinador sueco do Benfica que ainda hoje deixa saudades na Luz.
"Schmidt era o novo Eriksson", lembra Maniche
Agora, Roger Schmidt já não tem esse capital de confiança entre a família encarnada. Neste contexto, Maniche, antigo internacional português, entende que a vida de Roger Schmidt não se antevê fácil.
"Era o novo Eriksson no Benfica em que potenciava, e continua a potenciar, a formação, colocou o Benfica a jogar de forma fantástica, com um futebol muito atrativo. O que é certo é que a comunicação foi sempre a mesma", comentou Maniche.
O ex-médio salientou ainda que "ele não foi ajudado" e considera também que não é fácil para Roger Schmidt e para os seus jogadores entrarem na Luz e serem brindados com assobios destinados ao treinador.
"Jogar com 60 mil pessoas a assobiar não é fácil, nem para o jogador, muito menos para o treinador", reconheceu Maniche, em declarações no V+, onde vincou que, apesar de os jogadores serem profissionais, não é algo fácil.
"Todos os jogos são finais para Schmidt e Rui Costa"
"Mesmo dizendo que são profissionais e têm que estar habituados a isso. Mas não é fácil, de todo. Ele já vai para dentro de campo com a consciência que os adeptos não acreditam nele. E isso foi o maior risco do Rui Costa", declarou Maniche.
Para o antigo internacional português, aqui chegados, a realidade mostra que "todos os jogos são finais para Roger Schmidt e Rui Costa" num Benfica que tenta reconquistar o título.
Há quem entenda que Roger Schmidt está a ser "tostadinho na grelha", numa época em que começou mal, com uma derrota em Famalicão, a que se seguiu um triunfo na Luz diante do Casa Pia, por 3-0. Ainda assim, só nos últimos minutos é que o Benfica conseguiu chegar à vitória, sobretudo após a entrada em campo de Tiago Gouveia, Orkun Kokçu e Marcos Leonardo.