O treinador do Benfica retirou pressão na caminhada encarnada na Champions League e disse que "os jogos mais importantes do Benfica são sempre contra o FC Porto". "Já vencemos duas vezes", lembrou o técnico alemã, salientando a vontade que os campeões nacionais têm em permanecer na prova milionária. "Mas percebo a pergunta. Queremos ficar na Liga dos Campeões. Na temporada passada, esforçámo-nos para estar na Champions e para vencermos o campeonato", justificou Roger Schmidt.
O treinador encarnado lembrou ainda que "a Champions é a maior competição de clubes". "E essa é a nossa grande motivação, continuarmos a jogar nesse nível" detalhou Roger Schmidt em palavras que têm motivado reparos e comentários nos bastidores do futebol nacional onde, por exemplo, o ex-jogador do Sporting Vidigal argumentou que o treinador benfiquista está numa lógica de "transformação".
"Isto é o lado da transformação de um técnico pragmático, com uma cultura bem vincada de alguma frieza até na forma como se expressa", começou por referir o antigo internacional português que jogou no Sporting e no Nápoles, entre outros emblemas.
Para Vidigal, Roger Schmidt tenta assim "tirar pressão sobre ele e sobre os seus jogadores, valorizando aquilo que se fez numa competição com aquela que está a ser disputada".
"O Benfica está mal posicionado", recordou Vidigal, na Sport TV, lembrando que "qualquer treinador assume o próximo jogo como o mais importante", coisa que Roger Schmidt "não o fez", numa tentativa de "retirar de si a responsabilidade daquilo que não tem conseguido fazer na Champions League".
Questionado se está a faltar ao respeito a clubes como o Sporting, o ex-jogador dos leões disse que "não" encara dessa forma as palavras do treinador encarnado no lançamento do jogo da Liga dos Campeões.
"Não porque a intenção não era desvalorizar aquilo que se faz na I Liga, mas apenas camuflar aquilo que não tem conseguido fazer na Champions League. Há aqui o lado estratégico comunicacional, porque percebe que está sob pressão e quer tirar essa pressão dele e dos jogadores", justificou Vidigal, continuando.
"Não acredito que os jogos mais importantes sejam os jogos com o FC Porto. São jogos importantes mas todos os jogos são importantes. Não será suficiente vencer duas vezes o FC Porto para ser campeão nacional", lembrou o ex-médio português.
"Há aqui inteligência em aproveitar aquilo que conseguiu fazer contra um rival tão importante e direto como o FC Porto e aparentemente terá desviado as atenções porque estamos a falar disso."