Despedido do SC Braga em dezembro do ano passado, Ricardo Sá Pinto não entende o porque de o clube bracarense ter tomado essa decisão, sobretudo quando, um dia antes, o treinador tinha apurado o emblema minhoto para a ‘final four’ da Taça da Liga.
“É uma decisão que ainda não entendi. Estava muito entusiasmado com o trabalho no Braga. Na Liga Europa batemos todos os recordes do clube, estivemos dez jogos sem perder, fomos a melhor equipa da fase de grupos. Chegámos às meias-finais da Taça da Liga, que acabaram por vencer”, explicou Sá Pinto em entrevista ao jornal espanhol Mundo Deportivo.
Apesar de, na altura, o SC Braga não estar tão bem no campeonato, o antigo técnico do Sporting explicou que “não é fácil jogar de três em três dias” e que, com algum descanso, o clube estaria melhor classificado na I Liga.
“Acreditava que quando a equipa descansasse, poderia melhorar na Liga. Não pude terminar o trabalho e saí triste porque tinha a ambição de conseguir algo maior”, destacou.
Com várias experiências no estrangeiro, Sá Pinto garante que quer continuar no ativo e confessa que já recusou algumas propostas desde que abandonou o SC Braga.
“Tive uma proposta do mercado europeu e outra do golfo pérsico, mas com o coronavírus temos de esperar, porque é arriscado tomar decisões. A ideia é continuar nos bancos, porque adoro treinar e tive anos bons. Algum dia chegará o que mereço”, completou.
Sá Pinto fez 30 jogos ao comando técnico do SC Braga, tendo ganho 18 jogos. No entanto, na I Liga, o técnico português venceu apenas cinco dos 14 jogos realizados.