Portugal
"Rui Costa não afastou John Textor, mas arrumou bem o assunto"
2021-07-29 23:20:00
Presidente do Benfica "ganhou pontos" em dois pontos quentes da atualidade das águias, afirma Pedro Henriques

A primeira entrevista de Rui Costa na qualidade de presidente do Benfica tem marcado a atualidade desportiva nesta noite. Entre os vários temas abordados pelo dirigente estiveram a intenção do norte-americano John Textor em adquirir 25 por cento da SAD do Benfica e a gravação de Pinto da Costa para o Porto Canal em pleno Estádio da Luz, dois casos que geraram desconforto no universo encarnado nos últimos dias.

No entender do ex-árbitro Pedro Henriques, Rui Costa conseguiu “arrumar” as duas polémicas sem se comprometer, “ganhando pontos” para a eventual candidatura nas próximas eleições do Benfica.

“Em relação ao John Textor, Rui Costa disse três coisas que acho fundamentais. Que não havia nada contra Textor, quer por parte do Rui Costa, quer por parte do Benfica. Isso adia um possível futuro que possa existir nessa relação com John Textor”, começou por realçar Pedro Henriques.

“De seguida, disse que este momento era inoportuno e por diversos motivos”, continuou o ex-árbitro, numa análise para A Bola TV: “Inoportuno porque aparentemente era preciso esclarecer melhor, parecia que isto era algo que estava a ser jogado nos bastidores e sem o conhecimento da respetiva direção”.

Segundo Pedro Henriques, Rui Costa conseguiu distanciar-se de John Textor neste momento conturbado, mas deixando a porta aberta para negociar com o norte-americano caso venha a ser eleito presidente do Benfica.

“Depois disse uma coisa muito importante, que é quem vier depois que decida. Quer seja o próprio Rui Costa, quer ser outro presidente qualquer. Acho que arrumou bem o assunto, não fechou a porta, mas ao mesmo tempo disse que por agora o assunto estava arrumado”, sustentou.

Já no caso das gravações de Pinto da Costa para um episódio que já foi transmitido no Porto Canal, a mesma estação que divulgou o caso dos emails do Benfica, Rui Costa “demarcou-se claramente” quando assumiu que, se a decisão fosse dele, não teria autorizado.

“Relativamente às relações com os rivais, falou que há o respeito pela instituição, não podia ser de outra maneira, mas que também existe a rivalidade. Entroncando na questão de Pinto da Costa ter ido lá fazer aquela reportagem, disse de forma muito taxativa que se fosse ele não deixaria, não aceitaria”, lembrou.

“Assim como disse que nunca lhe passaria pela cabeça ir fazer algo do Benfica ou do Rui Costa no campo dos rivais, em momentos em que tivesse tido alguma glória. Arrumou o assunto demarcando-se claramente dessa situação”, finalizou Pedro Henriques.