Portugal
Ruben Ribeiro sem notificação para testemunhar hoje em tribunal
2020-01-07 11:50:00
Não terá sido notificado para prestar declarações no julgamento do ataque a Alcochete

O antigo futebolista do Sporting Ruben Ribeiro, que iria falar por videoconferência, não foi notificado para testemunhar hoje em tribunal no julgamento do ataque à academia de Alcochete, confirmou à agência Lusa fonte do Gil Vicente.

"Não estava marcada nenhuma audição para hoje. Além disso, nem o Ruben Ribeiro nem o advogado têm qualquer audiência agendada para os próximos tempos. Como tal, o jogador apresentou-se normalmente ao trabalho", referiu fonte oficial do emblema de Barcelos.

Ruben Ribeiro, de 32 anos, cumpre a segunda passagem pelo Gil Vicente, após meio ano sem atividade e uma curta experiência no Al Ain, dos Emirados Árabes Unidos, emblema que representou desde que rescindiu com o Sporting, em maio de 2018, na sequência dos incidentes em Alcochete.

Pelas 10:15, a presidente do coletivo de juízes, Sílvia Pires, explicou que a testemunha "não compareceu" no tribunal na zona norte do país designado a partir do qual iria prestar declarações por videoconferência, e que o seu advogado tinha o telemóvel desligado.

Nesse sentido, a juíza presidente informou que entre hoje e quarta-feira será marcada nova data para a inquirição do futebolista, que se constituiu assistente no processo e que é um dos atletas que rescindiu com o Sporting após o ataque à academia.

Como se tratava da única testemunha arrolada para a manhã de hoje, o tribunal suspendeu o julgamento, que será retomado pelas 14:00 com o testemunho do então treinador do Sporting Jorge Jesus, que irá falar por videoconferência a partir do Tribunal de Almada.

Os futebolistas encontravam-se na academia do clube, em Alcochete, em 15 de maio de 2018, quando a equipa do Sporting foi atacada por elementos do grupo organizado de adeptos da claque Juventude Leonina, que agrediram técnicos, jogadores e outros funcionários do clube.

O processo, que está a ser julgado no Tribunal de Monsanto, em Lisboa, tem 44 arguidos, acusados da coautoria de 40 crimes de ameaça agravada, de 19 crimes de ofensa à integridade física qualificada e de 38 crimes de sequestro, todos estes (97 crimes) classificados como terrorismo.