O Benfica está a realizar uma Liga dos Campeões muito longe daquilo que eram as previsões de especialistas e os desejos dos adeptos encarnados. Nesta altura, com três jogos disputados na fase de grupos, os campeões nacionais não têm qualquer ponto somado e ainda não marcaram qualquer golo. A águia voa baixinho na Champions League desta temporada e só um milagre permitirá aos encarnados continuar na prova milionária.
Roger Schmidt, que na última edição levou o Benfica aos quartos de final, tem sido fortemente criticado pelas opções e há quem não compreenda os movimentos coletivos da equipa no terreno de jogo mas também as opções do treinador germânico.
"Parece que uns estão cansados, estão sempre desligados, que são pouco agressivos mas isso tem que ver com organização. O Benfica, neste momento, é uma equipa que não é organizada", disse Diogo Luís, antigo jogador do Benfica.
O ex-atleta vai mais longe e diz que se vê um Roger Schmidt "perdido", nesta fase. "O treinador está perdido. A primeira substituição é meter Kökçü a 6. O Kökçü foi contratado por 25 milhões de euros mais cinco porque foi claramente o jogador acima da média na liga dos Países Baixos mas foi porquê? Porque jogava sempre na posição 10, finalizava, dava assistências", destacou o antigo jogador de futebol.
"A 6 Kökçü nunca vai conseguir fazê-lo"
Em declarações na CNN Portugal, Diogo Luís salientou ainda que não vê características para Kökçü jogar em posições recuadas no meio-campo onde, por exemplo, na última época jogava Florentino Luís.
"A 6 ele nunca vai conseguir fazê-lo. Não tem a agressividade necessária que o Benfica precisava", comentou Diogo Luís, sublinhando que o Benfica terá de fazer mais pela vida para conseguir triunfar nas provas europeias desta época.
"Parece-me que Roger Schmidt está perdido e parece-me que o Benfica volta a apostar mais na individualidade. Isto não é PlayStation em que tiras um e metes outro e a equipa fica a funcionar."
Diogo Luís identificou ainda várias jogadas do jogo entre Benfica e a Real Sociedad em que fez notar que o meio-campo do Benfica foi apanhado frequentemente com bolas nas costas pelos movimentos do adversário.
No final do encontro e após somar a terceira derrota em outros tantos jogos na Champions desta temporada, Roger Schmidt falou na necessidade de a equipa jogar noutro patamar coletivo.
“No final é um problema de toda a equipa, não individual. Não estamos conectados ao mais alto nível, como temos de estar nestes jogos para criar chances. Está a faltar-nos clareza, algo que conseguimos ter normalmente nestes momentos. Não estamos a conseguir ganhar em boas situações, também em pressão, algo que já fizemos muito melhor", declarou o treinador do Benfica, em declarações à Eleven Sports.