Roger Schmidt conduziu o Benfica à conquista do título e a postura do técnico alemão dentro da dinâmica dos jogos e fora dela é elogiada. Várias figuras do desporto e da sociedade nacional destacam o comportamento "decente" de Roger Schmidt ao longo da temporada benfiquista.

Luís Marques Mendes, conselheiro de Estado, faz notar que nas intervenções que tem, o treinador do Benfica revela que é alguém "elegante e decente". Por isso, o ex-deputado sustenta que é necessário valorizar a vitória de alguém que adota este tipo de atitude no futebol nacional.

"Além de ser um treinador com qualidade é um homem decente, decente que é uma coisa que é uma coisa que falta muito no futebol português. É uma pessoa elegante e decente", comentou Marques Mendes, na SIC.

Na mesma linha de ideia prosseguiu Bagão Félix. O antigo ministro das Finanças realçou que se provou a força do Benfica com a conquista do título e pela forma como foi celebrado.

"O de ser um dos maiores clubes do mundo, verdadeiramente o único que não é apenas de uma cidade, de uma região, de um país, mas de todo o mundo onde haja lusofonia e diáspora", indicou o ex-governante, em declarações ao jornal A Bola, onde António Simões, campeão europeu de águia ao peito e uma das lendas vivas do clube da Luz, fez questão de destacar um "Benfica com qualidade, caráter, carisma" que Roger Schmidt montou.

De resto, António Simões sublinhou a ideia de que o futebol português precisa de mais pessoas como Roger Schmidt. "Na maioria dos jogos, o Benfica teve qualidade, teve personalidade, teve carácter e teve carisma, facto que em muito se deve ao seu treinador. Roger Schmidt é um homem inteligente, convicto das suas ideias, de bom senso. O futebol português precisa de pessoas com este tipo de perfil, implementa bem a cultura desportiva", advogou o ex-jogador do Benfica, naturalmente feliz com a conquista do 38.º título de campeão nacional.

"Não mudava nada. Fiz o melhor que consegui"

Roger Schmidt anda nas nuvens com a conquista do título e confessou aos jornalistas que a época foi preparada ao detalhe para culminar com a festa de milhares no Marquês de Pombal e por todo o mundo onde bate um coração benfiquista.

"Não mudava nada. Fiz o melhor que consegui. Não se trata de encontrar uma nova abordagem. O que é preciso fazer é tomar decisões, preparar jogadores. Precisamos de uma abordagem tática e depois é jogar, dar tudo para vencer o jogo, e depois do jogo acabar, acabou”, referiu.

Relativamente ao facto de ter tido 10 pontos de vantagem e terminar com uma margem mais curta, Roger Schmidt foi pragmático. "Não precisamos de ser campeões com 20 pontos de vantagem, queremos ser campeões".