Rio Ave e Nacional empataram hoje sem golos, em partida da 17.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, em que os vila-condenses foram castigados por falharem uma grande penalidade no último lance do desafio.

Num jogo dividido e com várias oportunidades de parte a parte, os dois conjuntos foram arrastando o nulo pela falta de eficácia, com o desperdício maior a caber aos locais, com Pelé, já aos 90+5, a desperdiçar uma grande penalidade, num remate denunciado para defesa do guardião do Nacional Piscitelli.

Com este resultado, o Rio Ave, que não vence para o campeonato há quatro jornadas, fecha a primeira volta da Liga no 13.º lugar, com 16 pontos, enquanto que o Nacional, que não perde há três desafios consecutivos, segue no nono lugar, com 18.

Os nortenhos até entraram melhor no desafio, chamando a si a iniciativa e desenhando, desde cedo, as primeiras oportunidades, num par de remates de Francisco Geraldes, ainda antes do quarto de hora.

Já o conjunto insular, que na primeira fase da partida se limitou a estancar a pressão do Rio Ave, começou, perto dos 20 minutos, a sentir-se mais confortável para lançar os contra-ataques, colocando o adversário 'em sentido' em finalizações de Gorré e Azouni, que apenas pecaram na pontaria.

Estes lances deram confiança ao Nacional para insistir nas saídas ofensivas e, já aos 34 minutos, Rochez dispôs da melhor oportunidade desta etapa inicial, desviando para o poste um cruzamento de João Vigário.

O Rio Ave ainda respondeu ao crescimento do adversário numa combinação entre Ronan e Gelson Dala, com o angolano a rematar por cima, mas voltaram a ser os madeirenses, antes do intervalo, a ter oportunidade de desfazer o nulo, num tiro de Thill, que Kieszek segurou com defesa apertada.

No regresso do descanso, a partida assumiu uma toada mais dividida, mas com o Nacional a mostrar mais desenvoltura nas investidas, ameaçando o golo inaugural em lances de Thill e Gorré.

O Rio Ave não se intimidava e, já com Rafael Camacho em campo, reforço emprestado pelo Sporting, respondeu à passagem da hora de jogo, numa jogada de contra-ataque em que o luso-angolano deixou três defesas pelo caminho, mas viu o remate ser defendido, com os pés, pelo guarda-redes do Nacional.

A iniciativa galvanizou os vila-condenses, que, aos 75 minutos, numa fase em que desenhavam com maior rapidez as suas ofensivas, tiveram duas soberanas oportunidades de se colocarem em vantagem, por Gelson Dala e Guga.

Do outro lado, o Nacional também mostrava argumentos para discutir o resultado e, já com o reforço Pedro Mendes em campo, esteve também perto do golo, num remate deste avançado cedido pelo Sporting aos madeirenses, que o guardião Kieszek susteve com dificuldade.

Com o jogo ainda aberto, as maiores emoções ficaram reservadas para os descontos, quando Gelson Dala foi derrubado pelo guarda-redes dos madeirenses Piscitelli, num lance que com auxílio das imagens do VAR foi sancionado com grande penalidade.

Na cobrança do castigo, já aos 90+5, Pelé assumiu a responsabilidade, mas rematou de forma denunciada, permitindo defesa fácil ao guarda-redes do Nacional, que assim impôs o nulo final.