Fernando Santos reconheceu que a França foi "claramente melhor" na primeira parte e, no cômputo geral, mereceu a vitória diante de Portugal.

"Ao intervalo, o resultado era favorável a Portugal, o 0-0 não era justo. Era bom porque a França tinha sido melhor", resumiu o selecionador nacional, na conferência de imprensa após a partida.

O técnico explicou que a equipa gaulesa alterou o losango do meio-campo, encostando Coman à direita para travar as saídas de Raphael Guerreiro.

"Isso foi o primeiro sintoma da dificuldade, nunca conseguimos entrar e fomos obrigados a recuar. Foi um jogo sempre muito apertado, a França sempre a condicionar. Quando perdes a bola tens dificuldade em recuperar. Fomos permitindo que a França nos empurrasse para trás", salientou.

Portugal entrou "mais agressivo e mais rápido" na segunda parte, em especial com a entrada de João Moutinho, que retirou espaço a Griezmann.

"A entrada do João melhorou esse aspeto, recuperou mais bolas e virou o jogo com mais fluência, conseguiu que a equipa chegasse mais à frente e até tivesse oportunidade de fazer golo", reconheceu o selecionador.

No entanto, Fernando Santos recusou a ideia de que as substituições tenham sido tardias, bem como uma titularidade de Diogo Jota.

"Esta equipa foi a que jogou em França e jogou muito bem, nesse dia ninguém perguntou por que é que o Diogo Jogo não jogou de início. Se não jogasse o Bernardo ou o Félix perguntavam porque não tinha jogado, pois também estão em grande forma. O problema da equipa esteve no coletivo e na incapacidade de não deixar a França jogar", insistiu.

"Lida-se mal, muito mal, dificilmente iremos dormir. Amanhã há que pensar, temos um jogo na terça-feira e temos de assumir essa responsabilidade, esta equipa habituou os portugueses a ganhar, há que levantar a cabeça, se bem que amanhã vamos estar ainda um bocadinho aziados", concluiu Fernando Santos.