O Villarreal venceu o Rennes em jogo da Liga Europa com um período de descontos impróprio para quem tem problemas de coração. A euforia e a tristeza estiveram de 'mãos dadas' até ao fim no Estádio Roazhon Park, em Rennes, onde a equipa da casa viu o 'submarino amarelo' emergir quando nada o fazia prever.
A formação espanhola venceu e ultrapassou o Rennes que até marcou nos descontos o golo do empate que lhe valeria o primeiro lugar do grupo. Aparentemente, o golo do empate a três nada de ilegal teve. Só que o VAR estava atento e socorreu-se de uma regra antiga de arbitragem que não é usada frequentemente, visto que nem sempre acontece um lance como aquele que ditou o 3-3 que seria anulado.
Em tempo de descontos, com o Villarreal a vencer por 3-2, Lorenz Assignon colocou o ambiente em suspense autêntico quando marcou a Pepe Reina mas o VAR interrompeu a jogada.
Aliás, o árbitro até deu a indicação de golo mas o VAR deu ordens para que a jogada fosse anulada. Porquê? Porque houve uma ilegalidade que só quem está bem atento e informado com as leis da arbitragem poderia visualizar.
O Rennes teve a chance de marcar através de um livre direto em zona frontal à baliza dos espanhóis. Enzo Le Fee foi eleito para bater a jogada de bola parada e atirou com 'estrondo' aos ferros da baliza, com a bola a regressar ao autor do remate que, em seguida e sem que a bola tivesse passado por mais ninguém, a colocou num companheiro.
Se a bola batesse na barreira, não era irregular o lance
A jogada prosseguiu até que deu em golo. Era o momento de glória para o Rennes. Era, mas deixou de o ser. É que as leis de arbitragem determinam que num pontapé livre direto, se a bola regressar ao marcador do livre sem tocar em outro jogador, a jogada deve ser anulada. E foi isso que aconteceu no Roazhon Park, em Rennes.
Depois que Enzo Le Fee cobrou a falta, a bola voltou para ele sem tocar em mais ninguém. O VAR, e bem, mandou anular a jogada quando esta terminou, invalidando o golo do Rennes.
Os jogadores do Rennes ficaram desagradados mas a regra é clara e, apesar de rara e antiga, foi colocada em prática. Mesmo que não seja muito comum acontecer, está previsto nas leis de arbitragem.
A este propósito importa esclarecer, por exemplo, que se a bola tivesse um desvio na barreira, já seria legal o lance, mesmo que a bola voltasse a Enzo Le Fee. Nesse caso, nada de irregular existiria.
Após os festejos do empate em cima do apito final, que garantia o primeiro lugar ao Rennes, o lance foi anulado por duplo toque na bola ?#sporttvportugal #EUROPAnaSPORTTV #LigaEuropa #rennes #villarreal pic.twitter.com/QeSA0qwMaP
— sport tv (@sporttvportugal) December 15, 2023