Portugal
“Querem instalar a anarquia com as críticas ao Benfica”, diz Varandas Fernandes
2021-03-05 20:30:00
Vice-presidente critica os "benfiquistas que só têm algum relevo porque dizem mal" do clube

A contestação interna no Benfica, que tem aumentado de tom nos últimos meses, serve unicamente para tentar “instalar a anarquia”, no entender do vice-presidente Varandas Fernandes.

“Acho que se devem fazer críticas com mais-valia. Vejo estas críticas com o objetivo de querer instalar a anarquia e de desestabilização. Quer o presidente, quer a direção, quer toda a estrutura não estão disponíveis para este tipo de crítica e não estão abertos a ela”, reagiu o dirigente, em declarações à BTV.

Menos de uma semana depois da entrevista de Luís Filipe Vieira ao canal do clube, Varandas Fernandes recordou que a direção foi eleita há cerca de quatro meses, estando por isso ainda no início de um mandato de quatro anos.

“A crítica, quando é construtiva, de boa fé e defende o Benfica, é bem-vinda e deve ser acolhida por todos. Deve ser partilhada e refletida por todos. Mas a crítica que temos vindo a assistir de forma mais marcada, após as eleições de há quatro meses, com toda a legitimidade que a direção e o presidente têm para exercer o seu mandato nos três anos e meio que faltam, é de difamação”, sustentou.

“É uma crítica de insinuações, de ameaças de morte ao presidente e à própria estrutura. É uma crítica que quase me leva a crer que não é de benfiquistas”, acrescentou o vice-presidente.

A contestação interna à liderança de Vieira ganha depois dimensão com os comentários públicos de “benfiquistas que só têm algum relevo porque dizem mal do Benfica”. “Se não dissessem mal do Benfica era absolutamente irrelevantes”, salientou.

Varandas Fernandes reconheceu que os resultados da equipa orientada por Jorge Jesus “não agradam”, mas defendeu que não é pelos “resultados menos positivos que se vai deitar abaixar o trabalho que levou muitos anos a construir, quer pelo presidente, quer por quem tem acompanhado o presidente”.

A má prestação da equipa “não pode ser a via ver para haver críticas destrutivas, ameaças de morte e insinuações que não levam a lado algum”, insistiu o vice-presidente.

“São pessoas que estão a pensar o Benfica a dez anos à frente, são pessoas que estão a pensar no Benfica internacionalmente. Os resultados não têm acontecido nesta época. Só espero que comecem a aparecer para que todos nos sintamos mais felizes, o país se sinta mais próspero e possamos andar na rua de sorriso aberto ao invés da máscara porque o Benfica ganhou”, aditou.

O vice-presidente do Benfica disse que será “extraordinariamente difícil” chegar ao primeiro lugar e defendeu que “é possível” conquistar “o acesso à Liga dos Campeões de forma direta”.

“Assim tenhamos uma pontinha de sorte que o futebol precisa de ter, com a bola em vez de ir um centímetro ao lado e para fora vá um centímetro para dentro. É a maneira como eu vejo estas coisas. Se nós conseguirmos estarmos nesta rampa de recuperação física das nossas capacidades musculares e respiratórias, penso que estão reunidas as condições”, finalizou.