Portugal
"É preciso que quem dirige o Benfica perceba que há uma história", diz Simões
2020-03-30 16:20:00
O ex-capitão deixa um recado a Luís Filipe Vieira

Assegurando que teve o "privilégio" de envergar a camisola do Benfica, António Simões deixou um recado a quem está na liderança do emblema encarnado.

"É preciso ser grato e é preciso que quem dirige o Benfica perceba que há uma história. Que é composta por muita gente", destacando aqueles que em 60 ajudaram a levar "o Benfica ao mundo inteiro".

"Deram o nome, o prestígio e o respeito além da história do Benfica", explicou António Simões, em declarações no programa 'Benfica de Quarentena' no 'Youtube', onde também falou da célebre 'maldição' de Béla Guttmann, que negou.

António Simões entende que "o benfiquismo não se mede aos palmos, não tem medida" mas nota que mudou a exigência.

"Ser benfiquista não é uma escolha. É um sentimento. Ponto final. Não vou colocar em causa o benfiquismo de antes e depois. Falo daquilo que é a exigência, o hábito de ver a bola entrar na baliza adversária desse tempo e de agora. São coisas diferentes, factos. Joguei 14 anos na primeira equipa e fui 10 vezes campeão. Quantos jogadores na história do clube tiveram essa oportunidade? Quantas vezes isso aconteceu? A história conta-se e deve ser recordada com títulos".

A antiga lenda encarnada aproveita ainda para destacar que na Luz os adeptos querem é vitórias e títulos.

"Quem é que quer saber que ficou em segundo? Há alguma coisa que entre no museu que tenha o segundo lugar? O que lá está é tudo de primeiro lugar. Esta é que é verdade quer seja no futebol, no atletismo, na natação. Quem tem lugar nos museus são os campeões e quem serviu o clube, quem teve a paixão pelo clube. Essa é a história do clube. Não pode ser de outra maneira".

O ex-capitão encarnado deixou bem claro que é com "prudência" que se começam a ganhar os jogos e diz que "o Benfica tem mundo graças à década de 60".