Portugal
"Quem não deve não teme". Sporting exige "transparência do VAR"
2020-10-21 15:50:00
Leões indignados na sequência da arbitragem frente ao FC Porto

O Sporting quer mudanças na forma como o sistema de videoárbitro tem vindo a atuar e apresenta um conjunto de medidas que espera que sejam implementadas.

"A sua implementação pode e deve ser aperfeiçoada, nomeadamente adoptando-se mecanismos que tornem a sua utilização mais uniforme e mais transparente", diz o Sporting.

Assegurando que "quem não deve não teme", os leões explicam em comunicado que pretendem uma maior "transparência" na utilização do VAR no futebol e pretendem, por isso, que as comunicações entre o árbitro e o VAR sejam relvadas "em direto" durante a transmissão dos jogos.

"Defende, igualmente, que os diálogos entre o VAR e o árbitro, com o jogo parado, sejam divulgados em direto, durante a transmissão do encontro, à semelhança do que acontece noutros desportos em que as decisões de VAR e equipas de arbitragem são transparentemente explicadas a todos os intervenientes do espetáculo e aos espectadores."

Certos de que "o VAR não pode voltar atrás, mas também não pode ficar parado", o Sporting realça ainda que "entende que o videoárbitro é um instrumento essencial para a proteção da arbitragem e do espetáculo desportivo".

O emblema de Alvalade espera que os "critérios" sejam "claros e inequívocos de uniformização", sendo que devem manter "o princípio da intervenção mínima".

Todavia, o clube leonino espera que com as ideias que apresenta a intervenção do VAR "não ocorra quando não pode ocorrer, e que efetivamente ocorra quando tem de ocorrer."

O Sporting sublinha tratar-se de um "caminho no sentido da transparência" e realçam que estas medidas visam "proteger os árbitros e contribuir para a transparência e compreensão da sua atuação, mantendo o foco no jogo jogado, no espetáculo e na verdade desportiva."

O clube verde e branco está indignado com as arbitragens e, depois do clássico contra o FC Porto, tem feito várias críticas ao setor.

Miguel Braga, responsável pela comunicação do Sporting, teceu duras críticas à arbitragem do clássico do último sábado, entre os leões e o FC Porto, que terminou com uma igualdade a duas bolas.

Em declarações aos meios de comunicação do clube, Miguel Braga 'apontou o dedo' à dualidade de critérios, nomeadamente no que toca às decisões do VAR.

Logo após o encontro frente ao FC Porto, Frederico Varandas, presidente do emblema de Alvalade, manifestou o seu descontentamento com a exibição de Luís Godinho, nomeadamente na decisão de reverter uma grande penalidade inicialmente assinalada por falta de Zaidu sobre Pedro Gonçalves. 

"Este lance, da grande penalidade, sabem quando seria revertido no Estádio da Luz ou do Dragão? Nunca. O árbitro assinalou grande penalidade e, depois, o VAR vem decidir a intensidade", afirmou Varandas

O Sporting-FC Porto da quarta jornada da I Liga, que terminou empatado a duas bolas, ficou marcado por alguns lances polémicos que motivaram o coro de críticas dos leões face ao trabalho do árbitro Luís Godinho. 

Nos descontos da primeira parte, numa altura em que os dragões venciam por 2-1, Luís Godinho assinalou uma grande penalidade a favor do Sporting e expulsou Zaidu com um segundo amarelo. No entanto, depois de alertado pelo VAR, consultou as imagens e reverteu a decisão. 

A equipa de Rúben Amorim viria a empatar o encontro, já perto do apito final, graças a um remate certeiro de Luciano Vietto. 

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