Os desacatos e os confrontos na última Assembleia Geral do FC Porto têm marcado a atualidade no que ao desporto diz respeito, em Portugal, e, em Alvalade, o assunto não tem passado despercebido. Carlos Barbosa da Cruz, advogado e antigo dirigente leonino, não tem grandes esperanças de que o FC Porto consiga castigar quem esteve nos confrontos na Assembleia Geral Extraordinária de dia 13 de novembro de 2023.
De acordo com o ex-dirigente leonino tal assim deverá ser, até porque, lembra, ainda nada se soube de quem atacou o carro onde viajava a família de Sérgio Conceição, nas imediações do Dragão, há cerca de um ano, após uma derrota do FC Porto.
"Quem manda no FC Porto é a claque"
E, por isso, apesar de o FC Porto prometer averiguar o assunto dos desacatos na Assembleia Geral portista, Carlos Barbosa da Cruz diz ter reservas e dúvidas quanto aos avanços nessa matéria.
"Quem faz um processo disciplinar ao presidente, de facto, do FC Porto?", perguntou Carlos Barbosa da Cruz, realçando que "o Madureira é o presidente, de facto, do FC Porto."
"Essa é que é a questão", salientou Carlos Barbosa da Cruz, em declarações na CMTV, onde assegurou também que, nesta altura, "quem manda no FC Porto é a claque".
"E, portanto, a claque entendeu que a democracia não era permitida na Assembleia Geral. A claque mais os funcionários. O Sporting já teve essa intervenção dos funcionários na célebre história dos coletes azuis que levou à interdição por dois jogos do Estádio do Dragão que, enfim, será talvez quando o rei fizer anos. A questão é que claramente, neste momento, não está nos órgãos sociais mas está nas claques", comentou Barbosa da Cruz.
"Eu já vi este filme e o que este filme deu no meu clube e tem um nome triste que é Alcochete"
Perante o atual contexto, o antigo dirigente verde e branco Carlos Barbosa da Cruz não tem dúvidas em afirmar que "isto no FC Porto está muito complicado."
"Aquela claque está a jogar o tudo por tudo. Eu já vi este filme e este filme deu no meu clube e tem um nome triste que é Alcochete", recordou Carlos Barbosa da Cruz, esperando que o clube portista não tenha de passar por algo semelhante.
"Espero e desejo que as pessoas de bem no FC Porto, que há muitas, despertem para esta realidade do poder concentrado nas claques e que usem todos os meios para que eles se possam exprimir livremente", referiu, não tendo, contudo, uma solução para indicar.
"Como é que as claques do FC Porto vão ser postas na ordem? É um bico de obra. Não sei", confessou Carlos Barbosa da Cruz, antigo dirigente do Sporting.