Advogada de profissão e antiga dirigente do Sporting, Rita Garcia Pereira diz não ter provas de quem está a dizer a verdade ou a mentir no caso de Luís Filipe Vieira e Pinto da Costa. O presidente dos dragões desmente o ex-presidente do Benfica que, antes, tinha revelado que, em conversa com Pinto da Costa, ele lhe teria dito, alegadamente, que no Porto não era detido como aconteceu em Lisboa.
Rita Garcia Pereira diz que, depois daquilo que foi publicado com a citação de Luís Filipe Vieira, não esperava outra coisa que não fosse um desmentido por parte de Pinto da Costa em relação a este caso que tem feito pairar dúvidas sobre este caso. "Por uma lado eu sou daquelas que acham que, ainda que fosse verdade, Luís Filipe Vieira não deveria revelar num livro conversas privadas. As conversas privadas têm exatamente esse contexto", comentou Rita Garcia Pereira.
Por outro lado, a advogada diz que não esperava outra declaração por parte de Pinto da Costa que não fosse no sentido de negar as citações de Luís Filipe Vieira.
"Obviamente, Pinto da Costa não pode deixar de dizer que aquilo não aconteceu", referiu a antiga dirigente do Sporting, certa de que ao presidente dos azuis e brancos não restavam muitos caminhos.
"Não tem outra possibilidade porque a reconhecer que tivesse feito esse comentário, se é que o fez, estava a reconhecer que tem uma justiça diferente dos demais", acrescentou Rita Garcia Pereira.
Por conseguinte, e quando se falou sobre a atuação da justiça portuguesa com Pinto da Costa no caso do Apito Dourado, a advogada diz que a questão deveria ter sido conduzida de uma outra forma não pelos juízes, mas por instâncias que atuam antes dos processos chegarem às mãos dos magistrados.
"Eu quando penso em justiça penso essencialmente em juízes e acho que o problema no Apito Dourado terá sido mais abaixo", afirmou Rita Garcia Pereira, advogada e antiga dirigente do Sporting.
No âmbito do processo Apito Dourado, que emergiu em 2004 com suspeitas sobre práticas de Pinto da Costa e do FC Porto em relação às arbitragens, o presidente dos azuis e brancos acabou por ser inocentado.
Também o FC Porto viu ser-lhe aplicada uma absolvição no âmbito do Apito Dourado e também do processo Apito Final, que derivou desse primeiro processo.
A justiça não encontrou provas para condenar nem Pinto da Costa nem o clube que lidera desde 1982 e o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol acabou por inocentar clube e presidente de qualquer suspeita.