Daniel Carriço conquistou por três vezes a Liga Europa, mas o momento mais mediático da carreira ocorreu depois da final contra o Benfica, quando deu um beijo na boca ao colega de equipa Ivan Rakitic.

Foi em maio de 2014 que o Sevilha conquistou a primeira das três vitórias consecutivas na Liga Europa. Um triunfo sobre o Benfica, nas grandes penalidades (4-2), que culminou com o famoso beijo entre Carriço e Rakitic.

Na altura, o croata explicou que ambos se pretendiam cumprimentar com um beijo na cara. 

"Saiu assim e foi precisamente esse momento que foi apanhado pela câmara", disse então Rakitic.

Daniel Carriço também já comentou o assunto, mas esse beijo voltou a ser lembrado agora que deu uma entrevista sobre a carreira ao jornal Expresso.

Questionado sobre os epítetos de gay com que foi 'brindado', o defesa que agora representa o Wuhan, da China (da mesma terra em que surgiu o novo coronavírus), foi peremptório.

"Isso para mim é ridículo. Tenho a minha sexualidade muito bem resolvida, nem dei qualquer tipo de importância. Acho que as pessoas pegaram mais nisso porque também foi contra o Benfica. Como se costuma dizer, estavam um pouco aziados e tinham de descarregar em alguém", comentou.

De acordo com Carriço, nem o próprio, nem Rakitic se lembravam disso... até serem questionados.

"Depois de 120 minutos, de penáltis, exaustos, os festejos são uma explosão. Nem me recordo do momento. Quando me disseram no final que isso aconteceu, não me recordava", garantiu.

Mediática na altura foi também a reação da esposa, que saiu em defesa do jogador.

"Ela é uma defensora incondicional", comentou Carriço: "Como estava toda a gente a cair em cima, reagiu. É normal, quando estão a atacar os nossos, reagimos. Mas isso já passou. Isso aconteceu com vários jogadores nos festejos, com o próprio Maradona".

Formado no Sporting, o internacional português  assumiu que a conquista da primeira das três Ligas Europas foi especial por ter sido numa final com... o Benfica.

"Se me dissessem, no momento em que estava a assinar, que isso ia acontecer eu dizia que era mentira. Correr melhor acho que era praticamente impossível", adiantou.

"Foi o título mais especial por ter sido o primeiro, por ter sido uma competição europeia, porque muitos dos jogadores fazem uma carreira inteira e não a conquistam. E foi contra o Benfica. Também eliminámos o FC Porto durante a competição, foram vários fatores que levam a que seja especial e único", finalizou Daniel Carriço.