A continuidade de Pedro Proença à frente da Liga, "por ora", foi celebrada por Rita Garcia Pereira, ex-dirigente do Sporting, por consumar uma derrota das "duas versões do Benfica".
"Proença resistiu e as duas versões do Benfica meteram, por ora, o rabo entre as pernas e fingiram nada ser com eles", salientou a advogada, num artigo de opinião para o Leonino.
O Sporting saiu a ganhar com este resultado de forma indireta: se a contestação do Benfica e do SC Braga ("versão B daquele", explicou) a Proença se devia à questão dos direitos televisivos, as iniciativas do presidente da Liga fizeram "pensar de onde surge tanto dinheiro" no rival lisboeta.
Tudo isto coincidiu com o momento em que "o Sporting ganhou na mesma jornada em que o Benfica e o SC Braga escorregaram", reforçou a ex-dirigente, que fez parte da comissão de fiscalização que suspendeu a direção de Bruno de Carvalho.
"Este fim de semana seria para festejos", não fosse as atenções mediáticas terem recaído sobre "o caso das tarjas em Alcochete" e "o afastamento de Mathieu".
"Esta é, muitas vezes, a tragédia do nosso clube, perdido entre lutas de fações e incapaz de se unir. Dito de outra forma, era tempo de celebrar o Sporting e, creio, não dar azo a afastar o foco do que de mal vai nos rivais", considerou Rita Garcia Pereira.
"Mesmo que não se adore o treinador e se conteste a direcção, parece-me que é tempo de celebrar as vitórias e assistirmos ao que se passa no outro lado da segunda circular de sorriso nos lábios e não aos gritos uns com os outros", finalizou.