Os benfiquistas procuram explicações para o desastre desportivo no campeonato e há quem note que a estratégia terá de ser outra. Diogo Luís dá o exemplo sportinguista e lembra a narrativa encarnada quando contrata alguém como Prestianni que é logo tido à chegada como “o futuro Maradona”.
A liderança de Rui Costa está sob brasas por outra temporada sem conquistar o título de campeão e há quem faça reparos na forma como se fez, por exemplo, a gestão de Di María.
De acordo com Diogo Luís, a continuidade de Di María no Benfica colocou interrogações na aposta em outros jogadores ao longo da época. Até porque alguns comentadores defenderam que “a melhor equipa do Benfica é sem Di María”.
Assim, agora o que se debate é se faz ou não sentido continuar com Di María no Mundial de Clubes. “O que está aqui em causa é se o jogador quer ou não”, começou por dizer Diogo Luís.
“Mas quem devia mandar no processo é o Benfica. O jogador faz sentido para o Benfica sim ou não?”, questionou o ex-futebolista, que falava na CNN Portugal, onde criticou a forma como o Benfica projeta a sua estratégia.
Ou seja, “em termos desportivos ninguém coloca em causa a qualidade do Di María”. Contudo, “em função da parte desportiva e do investimento, e daquilo que é o plano do Benfica em termos de futuro, o Di María faz sentido no Benfica?”.
Prestianni versão Maradona?
Nesse sentido, Diogo Luís salientou se faz assim tanto sentido continuar com Di María, embora o jogador já tenha garantido que fechou o ciclo de jogos pelo Benfica no campeonato.
“O Di María vai acrescentar assim tanto nos jogos em que ele efetivamente vai decidir que, por exemplo, outro jogador que o Benfica tenha não consegue acrescentar? E a diferença de salário corresponde a isso?”, interrogou Diogo Luís.

“O Benfica vai buscar a pérola: Prestianni é o futuro Maradona e Rollheiser é uma máquina. Mas depois renova com o Di María”
Logo depois, o antigo lateral deu o exemplo de Viktor Gyökeres. “O Gyökeres acrescenta. O Gyökeres marca 40 golos ao ano e não só. Mete a máquina toda a funcionar. O Di María acrescenta nos jogos grandes. Mas o Benfica tem três ou quatro jogos grandes por ano”, enfatizou Diogo Luís.
Por outro lado, o antigo jogador das águias lembrou que manter Dí María impediu a aposta em outros jogadores ao longo da época.
“O Benfica vai buscar a pérola: Prestianni é o futuro Maradona e Rollheiser é uma máquina. Mas depois renova com o Di María”, mencionou Diogo Luís.
Além disso, em suma, o ex-jogador do Benfica lembrou que nas duas épocas de Di María, o clube da Luz não foi campeão.
Por outro lado, a continuidade de Di María levou à saída de outros jogadores. “O David Neres é um excelente exemplo. A diferença entre Di María e David Neres é assim tão substancial no nosso campeonato?”, questionou Diogo Luís.
