Portugal
Presidente e adjunto do CD Tondela atiram-se à arbitragem de João Capela
2018-02-19 23:10:00
O clube auriverde não poupou as críticas ao juiz do encontro

O presidente e o treinador-adjunto do CD Tondela, Gilberto Coimbra e José Sá, respetivamente, criticaram duramente a exibição de João Capela na derrota por 1-2 frente ao Sporting. Pepa, técnico da equipa, não compareceu na conferência de imprensa por estar "alterado".

"Hoje tive que pedir calma ao mister Pepa para que não viesse porque a alteração com que ele está não me permitia, de forma nenhuma, deixá-lo vir a esta conferência. Vim eu, até para vos dar algumas explicações com alguma moderação", começou por dizer o presidente do clube na conferência de imprensa após o apito final.

Num jogo em que Gilberto Coimbra considera que "o CD Tondela teve as melhores oportunidades de golo", o tempo adicional dado por João Capela também foi mencionado. "Aos 93 minutos e 41 segundos, conforme o que se verificou na televisão, o jogo parou por uma falta ao meu jogador que não foi assinalada. O jogador foi assistido e o jogo recomeçou aos 96:08. O Sporting, depois, marca o golo aos 98:01. Faltavam cumprir 19 segundos", frisou, assegurando ainda que os dirigentes do Sporting deviam ter "vergonha".

"Não pode, de maneira nenhuma, um senhor vir para aqui, fazer o que fez e humilhar o CD Tondela. Quase que me apetece dizer que, enquanto o golo não fosse marcado, o jogo não acabava. (...) Já tive a oportunidade de perguntar a um dirigente do Sporting [Bruno Mascarenhas] se ele não sentia vergonha de vencer o jogo da forma como ganhou. Eu, se fosse dirigente do Sporting, sentia-me envergonhado."

Antes, na zona de entrevistas rápidas, José Sá ironizou e disse que só estava presente no local porque o Sporting já tinha marcado o golo da vitória.

"Sabem por que é que estou aqui a falar? Porque o Sporting já marcou. Se o Sporting não tivesse marcado, a esta hora estávamos lá a apoiar as nossas equipas. Isto já diz tudo, porque o prolongamento foi demasiadamente extenso por ser para um candidato ao título. Eu acabava com isto e vou dizer como: fazia um torneio para os três candidatos ao título e um torneio para as restantes equipas, porque é uma questão de respeito. Então criavam-se dois campeões, um deles que fica em primeiro lugar e outro que fica em primeiro em relação aos outros", referiu ao microfone da 'Sport TV', recusando ainda qualquer tipo de anti-jogo por parte do CD Tondela.

"Penso que não houve anti jogo, houve anti-jogo das duas equipas quando alguém se lesionava. Houve anti jogo nesse aspeto, quer do Sporting, quer do Tondela. Quem viu o jogo verificou que o Tondela foi superior ao Sporting em certos períodos do jogo e vice-versa. Na minha opinião foi de igual para igual e ficou estragado por esta atitude da cultura futebolística portuguesa."