O ex-vice-presidente do Benfica Jaime Antunes diz que Pinto da Costa foi um “líder ganhador” mas “nem sempre pelos meios mais lícitos”.
O antigo dirigente encarnado deixou o Benfica há poucas semanas e reagiu à morte do histórico presidente do FC Porto. Para Jaime Antunes, Pinto da Costa transformou o FC Porto. Contudo, Pinto da Costa “nem sempre” o terá feito “pelos meios lícitos”.
“Foi um líder ganhador, embora nem sempre pelos meios mais lícitos”, referiu Jaime Antunes, em declarações ao Jornal Económico.
Acima de tudo, Jaime Antunes frisou que Pinto da Costa foi um dirigente que atingiu o patamar de figura “inigualável” para os adeptos portistas.
“Independentemente das rivalidades dentro e fora do campo, Pinto da Costa foi uma figura inigualável para os adeptos do FC Porto”, assinalou Jaime Antunes.
Pinto da Costa “nem sempre meios mais lícitos”
Como resultado de 42 anos de presidência, Pinto da Costa ajudou o FC Porto a rechear o museu portista.
Contudo, a lenda do FC Porto viveu também episódios polémicos. A questão do Apito Dourado foi um dos momentos mais mediáticos de toda a sua gerência.
No entanto, há quem lembre que o processo “Apito Dourado foi descendo a caminho de Lisboa e parou em Leiria”.
Pinto da Costa morreu aos 87 anos de idade vítima de doença prolongada. Aquele que foi presidente do FC Porto durante 42 anos foi derrotado no último ato eleitoral em abril de 2024.
André Villas-Boas venceu Pinto da Costa por larga maioria na vontade dos associados do FC Porto.
Em reação à morte de Pinto da Costa, André Villas-Boas disse que “o FC Porto abraçá-lo-á na eternidade”.
“Vemos partir um homem que marcou o FC Porto, os seus Associados e Adeptos, o Portismo, a cidade do Porto, a região Norte e o País”, escreveu André Villas-Boas em mensagens partilhadas pelo FC Porto nos seus meios de comunicação.
A vida e a biografia de Pinto da Costa estão recheadas de memórias desportivas pelos anos que serviu o FC Porto, mas não só.
Ao longo dos anos, Pinto da Costa dedicou-se ao emblema azul e branco e colecionou troféus, mas também algumas polémicas com os emblemas rivais.
Durante anos, Pinto da Costa potenciou o FC Porto ao patamar de emblema internacional. Desse modo, colocou no museu 7 troféus internacionais. É apelidado pelos portistas como “o presidente dos presidentes” face ao trabalho que fez de dragão ao peito.