Uma falta de Pepe sobre Seferovic, ao minuto 80 do clássico de hoje, para a 31.ª jornada da I Liga, motivou uma forte indignação no lado do Benfica, que ‘exigia’ a expulsão do central do FC Porto, que já tinha um amarelo. Por se exceder nos protestos contra a não exibição do amarelo a Pepe, Rui Costa foi expulso do banco encarnado.
Quer na ‘flash’, quer na conferência de imprensa após a partida, o treinador Jorge Jesus referiu esse lance, entre outros, para criticar a arbitragem de Artur Soares Dias. “Uma expulsão que tem de ser e não é... Foram muitas muitas decisões que foram sempre contra o que o Benfica fez no jogo” e “Nós vemos as tendências. Com os anos de arbitragem, os árbitros vão tomando as decisões em função das tendências” foram alguns dos comentários de Jesus.
Para o ex-árbitro internacional Pedro Henriques, o Benfica tem razão nas queixas, tendo sido a não expulsão de Pepe a principal falha de Artur Soares Dias no clássico da 31.ª jornada. E a ‘prova’ é que, minutos depois, Seferovic viu um cartão amarelo por uma falta “igual” à de Pepe sobre o suíço.
“O mais relevante e importante neste lance é que fica por mostrar o segundo cartão amarelo ao Pepe. Se quisermos melhor justificação, basta ver o que acontece três minutos depois, o Seferovic leva e bem o cartão amarelo por um pisão igual feito sobre o Uribe. Não houve aqui um critério uniforme”, sustentou o analista de arbitragem, num comentário para A Bola TV.
A falta de Pepe ao minuto 80 foi “negligente” como tinha sido a do “minuto 64”, quando o central do FC Porto foi admoestado pelo árbitro com o amarelo. “Ao minuto 64, o Pepe vê cartão amarelo por uma entrada negligente, falha a bola e derruba o Rafa. Só destaco este cartão porque ao minuto 80 o árbitro deveria ter mostrado o segundo cartão amarelo ao Pepe e expulso o jogador do FC Porto, por uma entrada fora de tempo, um pisão completamente negligente”, insistiu Pedro Henriques.
Ao criticar este lance, Jesus salientou que Artur Soares Dias “poupou duas vezes” a expulsão a Pepe, pois o central não permitiu que o Benfica colocasse “a bola rápido em jogo”, segundo o técnico. Sobre esta queixa, Pedro Henriques garantiu que não houve “incorreção”, mas admitiu que o árbitro “podia ter deixado” a equipa encarnada cobrar rapidamente a falta.
“Na sequência do lance, porque a bola está parada e no sítio certo, deveria o árbitro ter deixado que o recomeço fosse feito de forma rápida. Assim não o permitiu, enfim, o Benfica acabou até por marcar golo. Não há incorreção, para o árbitro o jogo estava interrompido e não tinha dado ordem para recomeçar. Mas podia ter deixado recomeçar o jogo”, concluiu o ex-árbitro.
