Rita Garcia Pereira, que integrou a comissão de fiscalização no Sporting criada por Jaime Marta Soares e que suspendeu a antiga direção leonina liderada por Bruno de Carvalho, sai a público para clarificar que o ex-presidente não foi expulso do cargo, nem de associado, devido ao processo Alcochete.

"Vejo-me obrigada a repor a verdade dos factos: nos dois processos disciplinares movidos a, entre outros, Bruno de Carvalho nunca esteve em causa, ainda que remotamente, Alcochete", esclarece Rita Garcia Pereira.

Agora que o antigo líder foi absolvido dos crimes pelos quais respondia no âmbito do processo de ataque à Academia, algumas figuras do universo verde e branco, como o caso do Eduardo Barroso, pedem que Bruno de Carvalho seja readmitido como associado e assim possa concorrer às eleições.

Rita Garcia Pereira esclarece que o ex-presidente foi destituído e deixou de ser sócio por outras razões e, aqui chegados, trata-se de "pura demagogia" pedir o regresso do ex-líder.

"Vir invocar-se a sua absolvição para se tentar por em causa as decisões disciplinares, sendo que a expulsão, já agora, foi decidida pelo actual Conselho Fiscal e Disciplinar, não faz qualquer sentido e é um mero exercício de pura demagogia", nota Rita Garcia Pereira, em declarações no blogue Leonino.

A ex-dirigente salienta ainda que "diga-se o que se disser, quanto às decisões disciplinares aplicadas, os tristíssimos eventos ocorridos na Academia nunca estiveram em causa".

Rita Garcia Pereira lembra ainda que na célebre Assembleia de 23 de junho de 2018, onde foi votada a destituição, Bruno de Carvalho teve possibilidades de se defender e dizer que os sócios não sabiam no que estavam a votar é também "passar um atestado de menoridade aos sócios".

A antiga dirigente do Sporting lembra ainda que Bruno de Carvalho até por voltar a ser sócio mas precisará depois de uma alteração de estatutos para ser recandidato à presidência do emblema de Alvalade.