Portugal
"Para a dupla Rogério-Varandas 'para manter um vão todos'", diz Hélder Amaral
2021-01-15 14:35:00
Ex-deputado quer "explicação cabal" sobre despedimentos em Alvalade

O despedimento coletivo que está em curso no Sporting não passa ao lado de Rúben Amorim, que comentou essa realidade na conferência de imprensa prévia ao jogo contra o Rio Ave, mas também preocupa outras figuras do Sporting.

Se Amorim aproveitou para endereçar um abraço aos funcionários, entre os quais Paulo Cintrão, que acompanhava o técnico nas conferências, outros vão mais longe e querem uma explicação sobre o que se está a verificar.

O tema tem 'agitado' o universo leonino, até porque entre as figuras que deixam o clube de Alvalade estão nomes que têm marcado o clube nas mais variadas áreas da vida do Sporting.

Hélder Amaral, conhecido adepto leonino e ex-membro dos órgãos sociais do Sporting, tem sido um dos rostos de oposição à gestão de Frederico Varandas. E volta a velar críticas à forma como o processo de despedimento está a ser conduzido no clube lisboeta.

Exigindo uma "explicação cabal", Hélder Amaral diz que até lá os sócios e adeptos do Sporting podem pensar o que quiserem. Mas o antigo deputado vai mais longe e aproveita para socorrer-se de uma célebre expressão de Rúben Amorim, que deu direito a mote para a temporada do Sporting, para criticar estas poupanças realizadas pela administração leonina.

"Sem uma explicação cabal do raciocínio económico e das poupanças pretendidas, é legítimo pensar que para a dupla Rogério-Varandas 'para manter um vão todos'", pode ler-se na crítica que Hélder Amaral faz notar nas redes sociais.

"Na equipa do Sporting, quando vai um, vão todos. Será assim até ao fim do campeonato". Foram estas as palavras de Rúben Amorim após o empate com o Famalicão (2-2), e a confusão no túnel, que motivaram os adeptos e têm servido de mote para a época do leão.

E são estas mesmas palavras, com ligeiras alterações propositadas, que servem para o ex-deputado criticar a gestão de Frederico Varandas que, até ao momento, não reagiu oficialmente ao despedimento de funcionários do clube.

O Sporting, como a generalidade dos clubes e empresas, têm enfrentado dificuldades acrescidas ao nível da tesouraria por conta da pandemia, sendo que, anteriormente, entre 16 de abril e 15 de junho, então em consequência da suspensão das atividades desportivas devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus, 95 por cento dos funcionários do universo leonino, incluindo clube e SAD, estiveram em regime regime de lay-off.