Portugal
"Ótima arbitragem" em jogo "diabólico" em Vila do Conde, refere Duarte Gomes
2020-06-18 17:50:00
Ex-árbitro comenta lances polémicos do jogo do Benfica contra o Rio Ave

Antigo árbitro e atualmente comentador de assuntos relacionados arbitragem, Duarte Gomes avalia o trabalho da equipa de Luís Godinho, em Vila do Conde, e nota que se assistiu a uma "ótima arbitragem" num jogo que apelida de "diabólico".

Duarte Gomes salienta que o embate do Benfica contra o Rio Ave, que tem causado muita polémica nas últimas horas, com críticas dos vilacondenses e das águias, teve "muitos lances" para análise mas a equipa liderada por Luís Godinho passou no teste já que foi "coerente" e "consistente" do "princípio ao fim".

Em declarações no espaço de comentário do projeto Kickoff, Duarte Gomes admite que Luís Godinho esteve bem ao anular um golo a Rafa na primeira parte e ao validar o golo do Rio Ave, na qual os encarnados se queixam de uma falta sobre Dyego Sousa.

No segundo tempo, o ex-árbitro nota que a equipa de arbitragem acertou ao expulsar Al Musrati (duplo amarelo) e, antes, ao não assinalar penálti a favor do Benfica num lance em que o Benfica pediu braço na bola do jogador rioavista.

Ao comentar outros lances polémicos de arbitragem na partida, que as águias venceram por 2-1, Duarte Gomes sustenta que a expulsão de Nuno Santos por vermelho direto foi "boa decisão".

"Parece-me claro que não teve maldade mas a verdade é que abordou o lance de forma perigosa para a integridade física de Pizzi. Acertou no peito/braço mas se tem ido à cara..."

Duarte Gomes nota que a atuação foi "excelente" do VAR ao recomendar a Luís Godinho que fosse ver as imagens.

O ex-árbitro diz ainda que o golo de Weigl também é legal.

"Há um braço, uma mão de Vinícius nas costas do adversário mas não há empurrão. Acontece muitas vezes neste ano. Já vimos várias vezes. As mãos nas costas não são necessariamente falta. Só são se houver intensidade no empurrão ou uma carga que tire o adversário da jogada."

Relativamente a uma grande penalidade que o Rio Ave se queixa por braço na bola de Ferro dentro da área, Duarte Gomes diz que "não existe".

"O braço não levantou, estava sempre ao longo do corpo, não houve volumetria. A bola é que vai contra o braço. Apenas tentou disputar a bola com a cabeça".

Assim, Duarte Gomes nota que foi um trabalho "ótimo" da equipa de arbitragem.