O central argentino Otamendi vai pisar pela primeira vez o Estádio do Dragão com a camisola do rival Benfica, depois de já ter defrontado o FC Porto para a Supertaça.

Os primeiros tempos do defesa na Luz foram alvo de críticas e ainda há uma franja de adeptos encarnados a questionar o central, que na sexta-feira regressa ao Dragão, como adversário.

Kléber, que jogou com Otamendi no FC Porto, com a particularidade de ambos terem marcado ao Benfica em 2011, saiu em defesa do argentino.

"A nossa vida é muito complicada. Sei que muitos juram amor à camisola, mas é uma vida muito complicada. Podemos achar que vamos ficar muito tempo no clube, mas o futebol dá muitas voltas. Já defendeu o FC Porto, mas hoje está noutro clube", afirmou o avançado, atualmente nos japoneses do Yokohama.

"Tenho a certeza que defende o Benfica com todo o amor e carinho com que defendeu o FC Porto", reforçou Kléber, desejando que Otamendi "faça um bom trabalho no Benfica".

"O ‘Ota’ é um grande jogador. É muito experiente, é um jogador de seleção, de Campeonato do Mundo. Pode ser que ainda não esteja no seu melhor, mas mais cedo ou mais tarde vai encontrar-se e voltar a ser aquele grande central que todos conhecemos", garantiu.

Numa antevisão do clássico de sexta-feira, para a SportTV+, o antigo dianteiro portista antecipou um embate equilibrado, por 'culpa' de dois treinadores com uma abordagem "muito inteligente".

"É claro que o Benfica quer correr atrás por causa dessa derrota [na Supertaça] e o FC Porto está a jogar bem. Está em fase crescente e o Jesus ainda está a tentar encaixar a equipa dele, mas todos conhecemos bem o Jesus, é um grandíssimo treinador e não vai demorar a encontrar a equipa ideal", argumentou Kléber.

Quem ganhar "vai ter uma boa vantagem" sobre o rival e 'apertar os calcanhares' a um Sporting a justificar o estatuto de "grande".

"É legal ver o Sporting a voltar a lutar pelo que merece. Fica mais bonito para o futebol português, fica mais competitivo. Espero que Sporting se mantenha assim e que o SC Braga continue a crescer", finalizou Kléber.