O médio do Manchester United concedeu uma entrevista ao jornal A Bola, publicada nesta terça-feira, onde abordou a saída do Sporting.

"Eu estava bem no Sporting. Não era eu a querer sair, apenas achar que estava pronto para chegar à Premier League. Poderia ter ficado que nada mudaria na minha maneira de estar e trabalhar", assume.

Apesar de entender que este passo na carreira rumo a Old Trafford é positivo, o médio confessa que ficou "triste por deixar o Sporting". 

"Por tudo o que aconteceu, por tudo o que vivi, por todos os momentos positivos e negativos, foi o clube que mais me marcou até agora e foi o clube por que criei mais carinho e afinidade de todos os que joguei até ao momento", revela.

O facto de ter sido o protagonista da maior transferência da história do clube de Alvalade - depois de uma época com número extraordinários - merece um comentário curioso. 

“Os meus números de nada serviam, o que o Sporting precisava era de dinheiro", diz, lembrando os registos que conseguiu, com a camisola leonina.

Bruno Fernandes lembrou ainda o ataque a Alcochete, assunto que, não sendo tabu, lhe provoca incómodo, mesmo em tom de brincadeira.

“É um tema de que me custa falar. Mesmo em brincadeira com os amigos, às vezes há aquela boquinha… não gosto", disse Bruno Fernandes, considerando esse evento "impossível de esquecer", não só "pelo momento", mas por tudo o que se seguiu:"as rescisões, as ameaças, os insultos".

E sobre a rescisão contratual, que o próprio decidiu, também há desconforto. "Sei que algumas pessoas ficarão sempre sentidas pelo facto da rescisão e tenho de compreender o que sentem", assumiu. 

No entanto, Bruno Fernandes revela que guardará para sempre os "momentos positivos" pelos quais passou no Sporting, um clube que o marca e onde se sentia bem.

O sucesso que obteve no Manchester United não surpreende Bruno Fernandes, porque o jogador se sentia preparado para esse desafio. E para as vozes que relativizam o seu sucesso vai um recado.