Chama-se Ença Fati e é um dos jogadores em destaque na II Liga. “Oh Fati, eles estão fartos de ti”, devem dizer os colegas de equipa, na Oliveirense, sobretudo vendo o que este extremo guineense tem feito.
Apesar de nem ser ponta-de-lança, já leva seis golos em 12 jogos. Acima dele só Kwame N’Sor – desculpe-nos a “bazófia”, mas já avisámos na época passada para o talento deste rapaz –, Walterson e o mais consagrado Roberto.
Mas, afinal, quem é este Fati? Falámos com André Salvador, médio do Vilaverdense, que se cruzou com Fati no Leixões e nos define o ex-colega como “uma pessoa super divertida, brincalhona e que transmite uma energia muito positiva no balneário”. “Mesmo fora do futebol é uma pessoa muito humilde e muito dada”, acrescenta.
Mas vamos lá saber o que é que ele vale. Já sabemos que marca golos, mas sabemos pouco mais. Primeiro, qual é a posição indicada? “A posição na qual mais faz a diferença é a extremo esquerdo, na minha opinião”, define André Salvador, antes de responder quais são as principais virtudes de Ença Fati: “É um jogador muito veloz muito tecnicista”. Para o ex-colega, Fati tem, como defeito, o facto de “por vezes se agarrar muito à bola, em alguns lances”.
Há algum extremo talentoso que não exagere, de quando em vez, no um contra um? Nenhum. Deixem lá o rapaz inventar, que ele é bom de bola. Ou não é?
Youtube/PFoot DVD
Fati chegou a Portugal em 2013 e instalou-se em Lisboa, para jogar no Real. O então jovem de 20 anos chegou a ser companheiro de Miguel Cardoso, extremo do Dínamo Moscovo, que fez as últimas temporadas no CD Tondela.
Fati acabou por ser “caçado” pelo Moreirense, mas, apesar de alguns jogos na Liga Portuguesa, nunca conseguiu afirmar-se. A época 2017/18 até nem deve ser tida como medidora, já que Fati se lesionou com gravidade e esteve mais de meio ano parado.
Os empréstimos ao Leixões e à Oliveirense já trouxeram mais qualquer coisa, mas tem sido esta a temporada de explosão, com mais golos, em 12 jogos, do que no resto da carreira.
Para terminar, fica a nota: Fati é craque do FIFA. André Salvador recorda-o. “Sempre que falo no Fati recordo-me dos estágios em que todos jogávamos FIFA e ele adorava gozar com quem perdia, principalmente com o Jorge, que era quase sempre o seu colega de quarto. Ficavam sempre no quarto à minha frente”.