"O Villas-Boas estava lá? Eu não vi lá murros, vi dois ou três empurrões"
A Assembleia Geral Extraordinária do FC Porto, que foi suspensa e oficialmente cancelada este sábado pelos Dragões continua a dar que falar. Fernando Cerqueira, membro do Conselho Superior dos azuis e brancos e confesso apoiante de Pinto da Costa, esteve presente e acompanhou os acontecimentos de perto e que foram, de resto, alvo de condenação por parte do clube que, em comunicado, lamentou o ocorrido.
"O senhor presidente esteve bem, até para dar a conhecer às pessoas que estão a dizer que ia haver golpada, mas qual golpada?"
"Para haver bom senso, o presidente Jorge Nuno Pinto da Costa é que sugeriu que a proposta fosse retirada e o Conselho, depois, fez uma proposta para introduzir na ordem de trabalhos essa questão. Discutiu e retirou-a por unanimidade", começou por explicar Cerqueira, em declarações à Rádio Renascença, a razão do cancelamento da AG do clube.
André Villas-Boas, ex-técnico do FC Porto e possível adversário de Pinto da Costa nas eleições do próximo ano, apareceu no Dragão e criticou as circunstâncias em que a reunião de sócios decorreu, em declarações aos jornalistas. Já depois, nas redes sociais e na Web Summit, voltou a criticar o comportamento dos órgãos sociais que, segundo o próprio, 'assistiram impávidos e serenos a agressões e intimidações'.
Fernando Cerqueira afirmou, à Bola Branca, não ter visto André Villas-Boas no interior do pavilhão onde foram captadas imagens de sócios em confronto físico e verbal.
"O Villas-Boas estava lá? Eu vi lá um ou dois empurrões. Eu não vi lá murros, vi dois ou três empurrões", começou por dizer o dirigente do FC Porto.
"Mas o Villas-Boas viu ou disseram-lhe? Está a falar porque viu ou porque lhe disseram?"
No entanto, Cerqueira afirma que também não gostou 'do que viu' na Assembleia geral dos dragões, destacando que os 'sócios do FC Porto devem ter respeito entre eles'.
"Eu também não gostei do sucedido, porque os sócios do FC Porto devem ter respeito entre eles, de maneira a que todas as pessoas tenham liberdade a dizer aquilo que pensam e a que todas as pessoas tenham direito a votar a favor ou votar contra", rematou Fernando Cerqueira.