O Sporting vive dias de tranquilidade com Rúben Amorim. Campeão nacional em título e líder do campeonato, a formação de Alvalade encara um contexto de paz nas bancadas e no ambiente da equipa. Há um par de anos atrás, o contexto era diferente e Frederico Varandas reconheceu que a casa verde e branca era um "cemitério de treinadores". Augusto Inácio, ex-diretor leonino e antigo treinador dos leões, lembra que Alvalade passou a ser "cemitério de treinadores" com algumas decisões de Varandas.
Em entrevista à RTP, Frederico Varandas justificou a contratação de Rúben Amorim como sendo um "ato 100 por cento racional". "E quando muito se elogia Rubén Amorim também muito se critica o que estava para trás e hoje já estamos com quase seis anos de distanciamento dessa fase, posso dizê-lo", assegurou o presidente do Sporting, elogiando Amorim por ter dito sim ao desafio verde e branco.
Varandas. Sporting "cemitério de treinadores"
"Eu também tenho de reconhecer a coragem de um jovem treinador, que viria, teoricamente, para um cemitério de treinadores", disse Frederico Varandas, em palavras que já motivaram a reação de Augusto Inácio.
O antigo diretor para o futebol sportinguista, poucos anos antes da chegada de Frederico Varandas à cadeira do poder, discorda da ideia do líder verde e branco de que Alvalade fosse "cemitério de treinadores". A esse propósito, Inácio lembra que Alvalade passou a ser cemitério de treinadores com algumas apostas de Varandas.
"Em 2023/14 teve um treinador - Leonardo Jardim; 2014/15 teve um treinador - Marco Silva; 2015/16 e 2016/17 teve um treinador - Jorge Jesus. O Sporting, até ali, não era uma cemitério de treinadores", disse Inácio.
"Começou a ser outra vez um cemitério de treinadores quando veio o Marcel Keizer, quando veio o Jorge Silas, quando veio depois o Leonel Pontes", respondeu Augusto Inácio, que falava na CNN Portugal.
Inácio não via Sporting como "cemitério de treinadores"
"Quer dizer, naquela altura, o Frederico Varandas andava às aranhas até que teve a brilhante ideia, e digo brilhante porque tiro o chapéu porque foi uma excelente aposta, toda a gente desconfiava da aposta ainda por cima a gastar 10 milhões de euros no Rúben Amorim", observou Augusto Inácio.
O treinador está desde março de 2020 no Sporting. Contudo, Rúben Amorim "nunca disse que estava na cadeira de sonho". Por isso, há quem tenha curiosidade de saber como será o Sporting no pós-Amorim. Augusto Inácio considera que, aí, dará para perceber o impacto de Amorim no emblema lisboeta.
"Então aí há um trajeto antes de Rúben Amorim e depois de Rúben Amorim e tem sido de sucesso", disse Inácio, realçando que a resposta às dúvidas apenas o tempo a dará. "O futuro é que vai dizer o que será o Sporting sem Rúben Amorim", concluiu.