Ironia fina na análise à exibição de Arthur Cabral por parte de Diamantino, que aponta o dedo às críticas precoces
O Benfica venceu o SC Braga por 3-2, em jogo dos oitavos de final da Taça de Portugal, disputado no Estádio da Luz.
O avançado Arthur Cabral foi a grande figura do encontro. Marca o golo da reviravolta (2-1) e assiste Aursnes de calcanhar para o 3-2 final.
Mas não foram apenas estes dois lances que se destacam do reforço de 20 milhões que era visto como um flop do Benfica.
Com maior capacidade física, Arthur Cabral assinou a melhor exibição desde que vestiu a camisola do Benfica. E assim as críticas passaram a elogios.
Reforços do Benfica: Ironia de Diamantino, com picanha e filé mignon no menu
“Vou acompanhar com graça alguns flic flac que muita gente vai dar”, comentou o antigo internacional, num programa da CMTV.
Diamantino referia-se aos críticos de Arthur Cabral, antecipando mudanças de discurso.
Por exemplo, Pedro Henriques, também ex-futebolista do Benfica, colocou dúvidas na capacidade de Arthur Cabral. E considerou Musa “o melhor avançado do Benfica”.
É que o brasileiro, recorde-se, foi o mais visado pelas apreciações negativas, na muito comum análise aos reforços. Sobretudo aqueles que são caros e não convencem.
“O senhor que era picanha se calhar vai passar a ser filé mignon…”, ironizou a antiga estrela do Benfica.
Diamantino Miranda lembrou ainda o caso de Trubin. O guarda-redes internacional ucraniano gerou incerteza, no início da época, depois de algunsl ances infelizes.
A verdade é que Trubin é hoje um indiscutível no onze e tem sido também protagonista pela positiva.
“Poderíamos meter o Arthur Cabral no mesmo saco que o Trubin. É sempre preciso ter um bocadinho de cuidado com os comentários precoces que se fazem sobre os jogadores. Estas coisas do futebol muitas vezes dois e dois não são quatro”, avisa.
“Benfica foi sempre melhor que o SC Braga”
Numa análise ao jogo desta quarta-feira, Diamantino confessou que viu o jogo com muita calma.
Em primeiro lugar, porque nunca sofre com o Benfica. Diz-se um adepto tranquilo e nada nervoso. E depois porque viu um Benfica superior.
“Até nem deu para sofrer muito. O Benfica foi sempre melhor que o SC Braga, mesmo cometendo alguns erros”, apontou.
E destacou um erro que se repetiu e deu origem aos dois golos de Rodrigo Zalazar. Dois pontapés de canto, dois remates do uruguaio que nasceu em Espanha e dois golos.
Diamantino lembrou uma regra básica que os treinador de outrora sempre respeitavam. E que Roger Schmidt parece não aplicar.
“Os dois golos do SC Braga são os dois à entrada da área. No meu tempo, os treinadores queriam alguém na meia lua para um ressalto. O Benfica sofre dois golos fora da área porque não está ninguém naquela zona”, comenta.
Apesar desses momentos da partida, a verdade é que Arthur Cabral fez questão de mostrar uma rara mobilidade.
Assim como uma frescura física invejável, que contrasta com a “picanha” do início de época.
Roger Schmidt parece ter agora outro prato para servir no ataque.
“O Benfica caminha a passos largos para o fim das más exibições que teve até há um mês e meio”, conclui Diamantino.