Se é certo que internamente as coisas estão encaminhadas para o Benfica nas diferentes provas, a começar pelo campeonato português, nas competições europeias a vida encarnada está bem longe de ser o que foi na última temporada com Roger Schmidt. Por esta altura, por imperativos de calendário, o Benfica tinha a passagem aos oitavos de final assegurada no primeiro lugar, depois do término da fase de grupos a 2 de novembro de 2022.
E nesse grupo constavam nomes como a Juventus, de Itália, ou o Paris Saint-Germain, de França, mas mesmo assim o Benfica foi mais forte e colocou em prática a 'sua lei' e ficou com o lugar mais ambicionado desse agrupamento, coisa que este ano não se tem verificado.
Diogo Luís, antigo defesa do Benfica, diz que Roger Schmidt não está a conseguir explicar os problemas que a equipa tem vindo a revelar em campo e que têm ditado vários desaires.
"Ele não nos consegue explicar o porquê que não consegue fazê-lo", comentou o antigo lateral que jogava no lado esquerdo da defesa das águias, deixando no ar algumas possibilidades.
"Tem que ver com os jogadores? Com o treino que está a fazer? O que tem?", perguntou Diogo Luís, em declarações no canal CNN Portugal, onde falou do tema.
"No ano passado ele encantou com a pressão e este ano não está a conseguir fazê-lo e não é por falta de jogadores"
Aí, Diogo Luís recordou que este mesmo Roger Schmidt foi o Roger Schmidt que na última época colocou o Benfica a vencer de forma consecutiva na Champions League e nas provas internas mostrou um futebol pressionante também.
"No ano passado ele encantou com a pressão e este ano não está a conseguir fazê-lo e não é por falta de jogadores", sentenciou o antigo jogador português, acrescentando ainda um comentário sobre o rendimento de Ángel Di María.
"O Di María desequilibra a jogar futebol, não é a correr atrás dos adversários", avisou o ex-camisola 36 da Luz, sublinhando que o campeão do Mundo que regressou ao Benfica nesta época não tem estilo para andar atento a despesas defensivas.
Já em relação à frente de ataque, numa altura em que Roger Schmidt ainda não identificou qual é a referência mais avançada titular de forma consecutiva, Diogo Luís realça que Arthur Cabral não joga da mesma forma que jogava Gonçalo Ramos, entretanto transferido para o Paris Saint-Germain.
"Tem o Arthur Cabral que é diferente do Gonçalo Ramos. Então, as coisas têm que ser diferentes", aconselhou o antigo jogador Diogo Luís.