Portugal
"O Rúben Amorim, se calhar, é dos que subiram rápido demais. Não é a máscara"
2021-04-26 16:50:00
Caldas reforça críticas e contraria justificação dada por Amorim para a presença da polícia no camarote

Já depois de assumir que "Rúben Amorim e Hugo Viana estavam descontrolados", António Caldas, ex-treinador do SC Braga e atualmente comentador da televisão oficial do clube bracarense, reiterou o lamento com a situação vivida com Hugo Viana e com o treinador leonino, Rúben Amorim, que na última época orientou os minhotos, não percebendo tudo aquilo que se passou nos camarotes do Estádio Municipal de Braga onde, a dado momento, os ânimos se exaltaram e Caldas já declarou que foi "ameaçado" por Hugo Viana e ouviu "bocas" por parte de Rúben Amorim.

Para o ex-treinador dos arsenalistas, o episódio que decorreu nos camarotes do Estádio Municipal de Braga, segundo a versão que este conta, foi lamentável. E criticou a forma como foi tratado. "O que sei é que ele teve também um comportamento inadmissível e devia ter, pelo menos, mais respeito ao SC Braga, o clube que o lançou como treinador", disse António Caldas, em declarações reproduzidas pelo Record.

O ex-técnico dos minhotos mostrou-se triste que um episódio destes tenha sido protagonizado por gente ligada ao futebol, até porque os estádios, na generalidade, têm estado sem público desde que a pandemia chegou ao país.

"Custa-me muito ver gente do futebol fazer aquilo", disse, entristecido com este episódio. "Se calhar, é dos que subiram rápido demais…", referiu ainda Caldas, falando de Amorim, segundo cita o Record, e justificando a presença da PSP nos camarotes do reduto bracarense no jogo de domingo à noite.

"Isto não tem nada que ver com a história da máscara. Eu participei à polícia as ameaças que o Hugo fez ao intervalo, mas não fiz queixa e eles foram lá ao camarote perceber o que se passou, procurando ouvir a versão deles", contou o ex-técnico do SC Braga. 

Por seu lado, Rúben Amorim disse aos jornalistas, após o apito final, na sala de imprensa, que a presença de um polícia no camarote se deveu ao facto de estar sem máscara de proteção no contexto pandémico.

"Foi a máscara. Tenho de estar a máscara e ele foi-me dizer que tinha de usar a máscara. Eu esqueci-me", contou Rúben Amorim, até porque, disse o técnico, durante o jogo se sentiu um adepto.

"Estava a ver o jogo e depois pareço um adepto ali. Ele foi-me pedir para meter a máscara. Podem confirmar junto da polícia. Foi isso. Foi realmente isso e deviam confirmar para verem que estou a dizer a verdade", esclareceu o treinador do Sporting.

Já Caldas aproveita para insistir que lamenta que quer Rúben Amorim quer Hugo Viana se tenham envolvido em desacatos, pois tratam-se de figuras no futebol. "Tenho pena de ver dois jovens do futebol ter aquele tipo de comportamentos", lamentou o antigo jogador e técnico do emblema minhoto que, nos últimos anos, é presença frequente nas emissões da televisão oficial do clube lançada por António Salvador.