O FC Porto, pela voz de Francisco J. Marques, diz que os adeptos em Portugal têm de entender e de se "conformar" que o clube da Luz "manda nisto", fazendo alusão a processos que correm na Justiça, um dos quais a envolver o próprio Francisco J. Marques que lamentou como as coisas têm decorrido.

A este respeito, o diretor de Informação e Comunicação do FC Porto explica que, recentemente, o presidente da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários "excluiu-se da decisão relacionada com uma eventual multa à TAP por causa das complicações da administradora que saiu com uma indemnização".

"E porquê? Porque tem 12 mil euros de obrigações da TAP e enquanto detentor está impedido de tomar decisões", explicou Francisco J. Marques, realçando que isto "parece natural" e trata-se, no fundo, de cumprir uma ideia que lhe parece correta.

"Funciona tudo muito bem, exceto quando é o Benfica"

"É um princípio que desde criança ouvimos: não devemos ser juízes em causa própria para não ter a tendência de beneficiar a causa própria".

Assim, Francisco J. Marques diz que, em Portugal, isto "funciona tudo muito bem, exceto quando é o Benfica que está em causa", já que aí, na ótica do dirigente portista, as coisas mudam de figura.

"Aí já não interessa. Podem ser juízes em causa própria, foi o que me aconteceu a mim e ao FC Porto", afirmou Francisco J. Marques, falando de "quando um juiz, sócio desde 1968, águia de ouro e acionista da SAD decidiu um processo entre o FC Porto e o Benfica".

"Aqui pode ser juíz em causa própria", observou Francisco J. Marques, compreendendo que assim seja porque "isto porque é o clube querido".

"Temos de nos conformar com uma coisa: o Benfica manda nisto tudo"

"O país está capturado aos interesses do Benfica. Temos de nos conformar com uma coisa: o Benfica manda nisto tudo", explicou o diretor dos dragões.

Por outro lado, Francisco J. Marques diz saber as razões que têm levado várias figuras do clube da Luz e o próprio presidente encarnado, Rui Costa, a falar publicamente sobre as arbitragens.

"Instalou-se o pânico na Luz e estão a pedir auxílio à arbitragem", atirou Francisco J. Marques, lembrando que "este alarido que o Benfica resolveu fazer" é "a maior prova da sua fragilidade".

"Perceberam que aquilo está a cair como um castelo de cartas e estão a pedir auxílio à arbitragem", considerou o diretor de Informação e Comunicação do FC Porto Francisco J. Marques, em declarações no programa Universo Porto da Bancada, no Porto Canal.