Portugal
“O futebol vai com certeza continuar”, dizem médicos dos clubes
2021-01-27 20:15:00
Reunião na Liga para fazer "ponto de situação" da pandemia de covid-19

Os departamentos médicos dos clubes profissionais de futebol reuniram-se hoje, na Liga, para um “ponto de situação” dos procedimentos em vigor em tempos de pandemia da covid-19.

Do encontro saiu a convicção de que não há motivos para que o futebol volte a ser suspenso, apesar do agravamento da situação epidemiológica nos últimos dias.

“Tudo temos feito para que essa possibilidade esteja sempre o mais afastada possível. O futebol vai com certeza continuar e esperemos que os números que têm acontecido nos últimos dias venham a diminuir”, esclareceu João Pedro Mendonça, presidente da Associação Nacional de Médicos de Futebol (AMEF) e diretor clínico do Nacional.

Os números da pandemia têm atingido, nos últimos dias, valores “assustadores e arrepiantes”, mas os clubes profissionais continuam “a cumprir com os protocolos”, pelo que não se encontram motivos para determinar uma paragem das competições.

“Esta reunião foi no sentido de que isso nunca aconteça”, acrescentou João Pedro Mendonça, insistindo que os clubes têm cumprido “rigorosamente o plano de contingência traçado, obedecendo aos critérios que todos nós aceitámos no reinício da competição”.

Em declarações à Renascença, o presidente da AMEF salientou que não há novidades associadas à pandemia que justifiquem uma alteração dos procedimentos.

“A reunião correu muito bem, teve muita gente presente. Ouvimos um ponto da situação de Filipe Froes, claro, objetivo e consentâneo com esta situação pandémica em que nos encontramos: não dramatizando, mas dando a entender e reforçando que todos temos de ser rigorosos e de modo nenhum afrouxar, de modo que o futebol continue”, esclareceu.

A reunião ocorreu no dia em que Portugal registou um novo máximo diário ao nível de mortes provocadas pela covid-19, com 293 óbitos nas últimas 24 horas.

De acordo com os dados da Direção-Geral da Saúde, a pandemia já provocou 11 305 mortos  e 668 951 casos de infeção em Portugal.