Portugal
"O FC Porto só é refém se se deixar ser refém"
2023-11-15 13:15:00
"Não estou convencido de que o Ministério Público consiga arranjar muita prova", admite ex-candidato ao FC Porto

O clima de divisão interna no FC Porto faz-se sentir e o Ministério Público já assegurou que mandou abrir um inquérito para perceber o que aconteceu no Dragão Arena, onde há relatos de agressões entre adeptos do FC Porto e imagens que circularam não só nas redes sociais mas também na imprensa a respeito da Assembleia Geral Extraordinária, a que se seguiram declarações de figuras mediáticas no universo azul e branco, como André Villas-Boas.

De resto, o antigo treinador e que tem sido apontado como possível candidato ao próximo ato eleitoral, agendado para 2024, admitiu, entre outras declarações que tem feito nos últimos dias, que o FC Porto está "refém de uma guarda pretoriana".

"Estamos reféns de uma guarda pretoriana que persiste em intimidar alguns sócios do FC Porto que só querem exercer o seu direito de voto, de expressar-se e de serem livres", disse André Villas-Boas, aos jornalistas, à margem da Web Summit.

"Não estou convencido de que o Ministério Público consiga arranjar muita prova"

Para José Fernando Rio, antigo candidato à presidência dos dragões, o FC Porto só fica numa posição de "refém", se se "deixar ser refém". "O clube só é refém se se deixar ser refém", comentou, destacando que "há imagens do que se passou".

“Todos os órgãos sociais estavam presentes, toda a gente viu o que se passou e há imagens. Se o clube quiser atuar, e preservar a sua imagem, tem todos os meios para agir, não sei é se tem essa vontade anunciada", declarou José Fernando Rio, esperando que tal aconteça.

"Eu gostava que tivesse. O clube não pode ficar refém de ninguém e só depende do clube para que as coisas entrem nas linhas”, avisou o antigo candidato à presidência do FC Porto.

Por outro lado, o sócio e ex-candidato diz que teme que o Ministério Público não consiga "arranjar muita prova" a respeito dos atos de violência que aconteceram no Dragão, de acordo com referências feitas por associados que estiveram presentes e que, de resto, o próprio clube lamentou em comunicado.

“O Ministério Público tem liberdade total de ação. Não estou convencido de que consiga arranjar muita prova, mas acho bem, acho bem, porque houve desacatos, insultos e ameaças, e, portanto, são atos que devem ser investigados”, pediu José Fernando Rio.

Em declarações na Renascença, o ex-candidato à presidência do FC Porto disse ainda que não descarta associar-se a André Villas-Boas na corrida eleitoral, visto que "está disposto a tudo pelo bem" do FC Porto.